São Paulo, sábado, 19 de junho de 2004

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Para Palocci, votação de MP foi um "tropeço"

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Antonio Palocci Filho (Fazenda) reconheceu ontem que foi um "tropeço" para o governo a votação do salário mínimo no Senado e disse que é preciso agora ter "humildade para aceitar o resultado e analisar as razões" da derrota. Afirmou, no entanto, que o governo não trabalha com a hipótese de a Câmara manter os R$ 275 para o mínimo aprovado no Senado.
"Sempre que acontece um tropeço, você tem que ter humildade para aceitar o resultado e analisar as razões", afirmou ele ontem, após cerimônia de lançamento do plano de financiamento da safra 2004/2005, no Planalto.
Palocci se disse otimista com a votação final do mínimo na Câmara, que deve ocorrer no início da próxima semana. Depois de o Senado ter alterado o valor para R$ 275, o substitutivo volta para a Câmara, que poderá restabelecer os R$ 260 inicialmente aprovados na Casa. Pelo regimento, cabe à Câmara a última votação da matéria, uma vez que foi modificada no Senado.
"Não estamos contando com essa hipótese [de a Câmara manter os R$ 275]. O processo legislativo ainda não foi concluído. Eu estou bastante otimista."
Questionado se o resultado da votação não trará repercussões negativas para a economia, o ministro disse que não, argumentando que o "Congresso sabe acomodar situações como essa".
Ao ser indagado se não recairia sobre a Câmara o ônus perante a opinião pública, o ministro respondeu que não se trata de arcar com o ônus, "mas de tomar as decisões de que o país precisa para ordenar seu processo social e de crescimento".
(LEONARDO SOUZA)

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