São Paulo, sábado, 19 de julho de 2008

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Em gravação, Protógenes pediu reforços

RUBENS VALENTE
DA REPORTAGEM LOCAL

A gravação de uma conversa telefônica entre o coordenador da Operação Satiagraha, Protógenes Queiroz, e o diretor de combate a crimes financeiros da Polícia Federal, em Brasília, Paulo de Tarso Teixeira, revela a cobrança por mais policiais para fazer a análise do material apreendido na ação. A Folha apurou que o reforço pedido não chegou a São Paulo.
O telefonema, de oito minutos, ocorreu um dia após o início da operação e sete dias antes da reunião de segunda-feira, na qual foi definida a saída de Queiroz e de outros dois delegados do caso.
A gravação começa com a notícia, dada por Teixeira, de que uma reunião marcada em Brasília para discussão da operação fora suspensa por ordem do "DG", referência ao diretor-geral da PF, Luiz Fernando Corrêa.
Logo a conversa derivou para a falta de pessoal, apontada por Queiroz: "No Rio tá pendente ainda a diligência lá. E tá pendente aqui no escritório de Naji Nahas, sendo que em SP só estou com três policiais para dar continuidade a todas as pendências". Teixeira manda Queiroz enviar o pedido por fax.
Queiroz também perguntou sobre as ameaças de que seria aberto um procedimento administrativo contra ele por suposto privilégio de uma equipe de TV. Teixeira confirmou que Corrêa pedira providências e acrescentou: "O ministro da Justiça [Tarso Genro], segundo também o que depois me passaram, (...) já encaminhou um procedimento solicitando informações da PF, porque ele foi questionado sobre aquelas filmagens (...) o "DG" adiantou que essa situação aí vai ser apurada".


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