São Paulo, segunda-feira, 19 de agosto de 2002

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PAINEL

Projeto distante
Serra confidenciou a amigos que, caso não seja eleito presidente, vai dar aulas no exterior a partir de 2003. De preferência em universidade dos EUA.

Rumos da campanha
Em reunião hoje à noite no apartamento de Leonel Brizola, no Rio, Ciro vai avaliar os cenários das pesquisas e fazer um relato do encontro com FHC.

Terreno a preparar
Ciro escalou Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Jorge Bornhausen (PFL-SC) para buscar apoios no PSDB, PPB e PMDB num eventual segundo turno contra Lula. Ciro teme que a troca de acusações com Serra leve boa parte dos governistas a apoiar Lula.

Provocação virtual
Nizan Guanaes faz simulações no computador: o rosto de Ciro vai ficando parecido com o de Fernando Collor. A imagem pode ir ao ar no programa de Serra.

Aliança de casamento
O PC do B de Campinas monta os primeiros comitês de Quércia e Lula. O vereador campineiro e candidato a deputado Sérgio Benassi quer ver a idéia em outras cidades de SP.

Cautela baiana
ACM fará varreduras em seus telefones a cada dez dias.

Democracia sindical
O governo federal ainda não liberou recursos do FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador) no segundo semestre para a Força Sindical e a CUT, que apóiam Ciro e Lula, respectivamente. Apenas a SDS (Social Democracia Sindical), ligada ao PSDB, recebeu verbas depois de julho.

Empenho ministerial
Em 9 de agosto, o Ministério do Trabalho empenhou R$ 1 milhão para a SDS investir no Programa Jovem Empreendedor. Até junho, a Força recebeu R$ 29,8 mi; a CUT, 17,5 mi e outros R$ 9,2 mi foram para a SDS.

Turma do deixa-disso
Equipe comandada por Tasso Jereissati, Emerson Kapaz e pelos irmãos Benjamin e Ricardo Steinbruch, da Vicunha Têxtil, vai tentar melhorar a imagem de Ciro no mercado financeiro.

Bateu, levou
A idéia é mostrar que, no Ministério da Fazenda e no governo do Ceará, Ciro não trouxe surpresas ao mercado. E que seu programa é o "mais consistente". Resta saber se Ciro deixará de bater boca com empresários.

Manobra orçamentária
Estudo da liderança do PT na Assembléia aponta que Geraldo Alckmin (PSDB) subestimou seu orçamento no ano eleitoral de 2002. Assim, pôde fazer várias suplementações "por excesso de arrecadação". E terá R$ 1,2 bilhão a mais do que o previsto para gastar até o final do ano.

Efeitos indiretos
Com o crescimento "inesperado" de receita, Alckmin também modificou seus gastos. As "despesas correntes" (custeio da máquina, exceto pagamento de pessoal) terão R$ 645 milhões acima do inicialmente previsto.

O mundo dá voltas
Marcos Calheiros, primo do senador Renan Calheiros (PMDB-AL), é o líder dos estudantes que protestam contra a candidatura de Fernando Collor ao governo de Alagoas. Renan foi líder do governo Collor na Câmara, em 90.

Ironia tucana
Tucanos dizem que Ciro foi tão beneficiado pelos aumentos nos combustíveis que convidará Francisco Gros, presidente da Petrobras, para a Fazenda.

Canais maranhenses
José Sarney, que anunciará apoio a Lula nesta semana, está convencendo Roseana a aliar-se a Ciro. Sarney quer manter pontes do clã com o futuro governo, qualquer que seja. Se Serra reagir, Sarney Filho irá abraçá-lo.

TIROTEIO

Do coordenador do programa de governo de Serra, Luiz Paulo Vellozo Lucas, sobre a campanha presidencial:
- Os adversários falam que o governo é culpado de tudo e que o Serra é o candidato do governo. Mas todas as candidaturas têm pessoas que foram do governo. Serra é a melhor parte deste governo e Ciro, a pior.

CONTRAPONTO

Pergunta desfocada

O candidato da Frente Trabalhista à Presidência, Ciro Gomes, esteve em Brasília há duas semanas para participar de um debate com estudantes na UnB.
Após uma exposição inicial do candidato, o microfone foi aberto para perguntas dos estudantes. O mediador leu em silêncio a primeira pergunta e disse que "por conter implicações éticas" não a passaria para Ciro.
A platéia, formada principalmente por militantes petistas, vaiou e o mediador mudou de idéia:
- Ele decide se quer responder: qual é a política do senhor para os banheiros públicos?
Um estudante levantou-se no fundo do auditório e o corrigiu:
- Fui eu que fiz a pergunta. Não é banheiros públicos, é bancos públicos!
Constrangido, o mediador colocou os óculos e desculpou-se:
- É coisa da idade. Sem os óculos eu não enxergo nada!


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