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QUESTÃO SOCIAL
Fundo liberou gasto com social para aliviar tensões
FMI se exime de responsabilidade sobre corte de cestas para pobres
MARCIO AITH
de Washington
O FMI anunciou
ontem não ter recomendado nem sugerido ao governo
brasileiro a suspensão do repasse de
verbas públicas para a distribuição de cestas básicas a 8,6 milhões
de pessoas localizadas em bolsões
de pobreza do país.
Respondendo a uma consulta
da Folha, o assessor de imprensa
do FMI (Fundo Monetário Internacional), Francisco Baker, consultou a missão do fundo que se
encontra no Brasil e divulgou anteontem a seguinte nota: "Os programas de estabilização que recebem créditos do FMI são, sempre,
responsabilidade das autoridades
de cada país. Ao negociar seu
apoio financeiro, o FMI não entra
no detalhe sobre onde cortar gastos. O que existe, às vezes, é uma
recomendação no sentido de gastar com mais eficiência. No caso
específico brasileiro, posso assegurar que não houve instrução ou
recomendação específica sugerindo cortes neste ou naquele
programa social".
Ao fazer a consulta ao FMI, a
Folha perguntou se havia partido
da equipe de técnicos ou da diretoria da instituição a orientação
de suspender ou cortar parte dos
gastos com programas sociais no
Brasil, como o de distribuição de
cestas básicas.
A Folha apurou que, apesar de
exigir um rigor nos gastos públicos e de ter recomendado ao governo brasileiro a execução de um
"orçamento realista" para que essa meta seja cumprida, o Fundo
permitiu, na última revisão do
programa com o governo brasileiro, um aumento dos gastos sociais como forma de aliviar o custo social agravado pela crise cambial de janeiro.
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