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Frase foi dita em Belo Horizonte
DA REDAÇÃO
A declaração de Paulo Maluf sobre o estupro foi feita em 22 de
agosto de 1989, em Belo Horizonte. Maluf, então candidato do PDS
à Presidência, estava dando uma
palestra na Faculdade de Ciências
Médicas de Minas Gerais quando,
em certo momento, declarou: "O
que fazer com um camarada que
estuprou uma moça e matou? Tá
bom, tá com vontade sexual, estupra, mas não mata".
A frase provocou protestos de
entidades de defesa dos direitos
da mulher. A UBM (União Brasileira de Mulheres) e o MPM (Movimento Popular da Mulher) solicitaram ao Ministério Público a
instauração de um processo criminal contra o candidato do PDS.
Maluf se defendeu afirmando
que suas palavras foram deturpadas: "Eu não falei aquela frase isoladamente. O que eu quis dizer é
que deve haver um plebiscito para
avaliar se deve ser instituída a pena de morte para estupro e sequestro seguidos de morte. Isso
não quer dizer que o estuprador
deva ser absolvido. Pelo contrário, estupro é crime e deve ser punido severamente".
Após várias tentativas de explicação, um de seus assessores de
campanha lamentava a repercussão da declaração: "Não há desmentido que cubra os prejuízos
da divulgação de uma informação
absurda como essa".
De de vez em quando, a declaração é lembrada por seus adversários em campanhas eleitorais. Em
novembro de 1992, antes do segundo turno para a eleição paulistana, o juiz Antonio Diogo de Salles proibiu o PT de reproduzir a
frase dita por Maluf no horário
eleitoral de Eduardo Suplicy.
Ela também voltou a ser usada
em 1996 pelo governador Mário
Covas, durante um ataque à candidatura de Celso Pitta a prefeito.
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