DA REDAÇÃO

Geraldo Alckmin, candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, conta, no primeiro turno, com 71,4% das intenções de voto dos empresários ouvidos pelo PNBE (Pensamento Nacional de Bases Empresariais).
A candidata do PT, Marta Suplicy, e a candidata do PSB, Luiza Erundina, aparecem empatadas em segundo lugar, com 14,3%.
A pesquisa ouviu 400 empresários de São Paulo ligados à entidade entre segunda e quinta-feira da semana passada.
Os resultados mostram também que, a menos de 20 dias das eleições, a maioria dos empresários ainda não definiu em qual candidato irá votar para vereador.

Vereadores
Apenas 35,7% dos empresários do PNBE já escolheram seus candidatos. Os mais citados pelos entrevistados foram um tucano, Ricardo Montoro, e uma petista, Aldaíza Sposati, que contam cada um com 20% das intenções.
Montoro é filho do ex-governador de São Paulo André Franco Montoro. É a primeira vez que se candidata a uma vaga na Câmara Municipal paulistana, mas, em 1998, já havia tentado, sem sucesso, eleger-se deputado estadual.
Sposati tenta seu terceiro mandato como vereadora. Ela foi secretária de Administrações Regionais durante durante os dois primeiros anos da gestão de Luiza Erundina na Prefeitura de São Paulo, em 1989.
Os outros 60% dividem-se igualmente entre José Eduardo Cardozo (PT), Marcus Ianoni (PT), Vicente Cândido (PT), Ana Maria Quadros (PSDB), Sérgio Serber (PSDB), Roseli Tardelli (PSB), Rosely Arrojo (PDT), a legenda do PSDB e a legenda do PT.
Para Márcio Valente, coordenador-geral do PNBE, o resultado reflete uma tendência das bases empresariais modernas de São Paulo.
"A entidade é apartidária e não se manifestará em favor de uma candidatura", disse Valente.
Em junho deste ano, a entidade organizou uma série de almoços com os empresários ligados à entidade e os então pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Alckmin, Marta e Erundina participaram desses encontros promovidos pela entidade para mostrar suas propostas para o setor.
O PNBE é formado por 480 empresários de São Paulo, Brasília, Fortaleza, Vitória, Campinas, Ribeirão Preto, Presidente Prudente e do Rio de Janeiro.
A entidade, que foi fundada em 1987, é considerada uma dissidência da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo). No início, tinha forte vinculação com empresários do setor industrial, mas atualmente é composta, em sua maioria, por empresários da área de serviços.
No último sábado, a Folha publicou o resultado de uma outra pesquisa realizada pelo PNBE, mostrando que 77% dos empresários ligados à entidade consideram que as atuais regras eleitorais para doação financeira para campanhas estimulam a corrupção.
Para 71% dos consultados, a legislação eleitoral deve ser modificada para proibir que empresas doem dinheiro para candidatos. Um quinto dos entrevistados já doou dinheiro.


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