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Senador liga Freud a caso Celso Daniel
SILVIO NAVARRO
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Candidato a vice na chapa
de Geraldo Alckmin (PSDB),
o senador José Jorge (PFL-PE) disse ontem ter recebido
informações "de gente de
Santo André" que vinculam o
ex-assessor do Palácio do
Planalto Freud Godoy aos
suspeitos de envolvimento
no assassinato do prefeito
Celso Daniel (PT).
A declaração foi o ponto alto de uma série de ataques do
comando da campanha de
Alckmin, que tentou capitalizar com o caso. Jorge não
apresentou provas.
Na tribuna do Senado, o
senador elencou dados, segundo ele relatados "por
uma fonte muito bem informada". "Começou a ligar
gente de Santo André, e eu
perguntei: "O que Santo André tem a ver com isso?"."
Tema espinhoso ao PT, o
assassinato de Daniel, em
2002, também foi investigado pela CPI dos Bingos.
Segundo o senador, Freud
é amigo do ex-segurança Sérgio Gomes da Silva, acusado
de ser o mandante do assassinato de Daniel.
O pefelista disse ainda que
Freud fazia a segurança para
Gilberto Carvalho durante
supostas viagens para levar o
dinheiro de propina coletado
em Santo André até a sede do
PT na capital paulista -Carvalho diz que nunca transportou propina para o PT.
Para o senador, Freud "poderia também" estar envolvido com o aluguel do helicóptero que tirou do presídio
Dionísio Severo, acusado de
participar do crime.
Jorge, entretanto, citou
dados desencontrados. Disse, por exemplo, que o nome
de Freud teria sido citado
numa acareação na CPI dos
Bingos entre os irmãos de
Daniel, João Francisco e
Bruno, e Gilberto Carvalho,
chefe-de-gabinete de Lula.
Pelas notas taquigráficas da
sessão, em nenhum momento o nome dele foi citado.
A mulher de Freud, a jornalista e empresária Simone
Messenguer Godoy, 38, disse
que o marido nunca trabalhou com Gomes da Silva
nem com Daniel. "Já é uma
tristeza o que estão fazendo
com a gente, com isso chega a
ser uma tortura chinesa."
Bruno Daniel disse que
nunca viu Freud com o irmão nem com Gomes da Silva. A Promotoria e a polícia
também informaram que o
nome de Freud não surgiu
nas investigações.
Colaborou LILIAN CHRISTOFOLETTI, da Reportagem Local
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