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Tucano quer que Polícia Federal apure se houve utilização de dinheiro público
CATIA SEABRA
DA REPORTAGEM LOCAL
O candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, levantou ontem suspeitas de que
o PT usou dinheiro público para a compra de munição contra
o PSDB. Alckmin listou casos,
como liberação de recursos para ONGs ligadas a petistas ou de
distribuição de cartilhas ao
partido, para associar o governo a uso político de verbas.
"Todos os problemas que estamos vivendo na política brasileira relacionados ao PT e ao
governo não são fatos isolados
desse vale-tudo e, ao mesmo
tempo, do desvio de dinheiro
público. Não são fatos isolados", afirmou Alckmin.
Ao responder se acreditava
que o dinheiro apreendido saíra dos cofres públicos, Alckmin
disse que é cauteloso com as
palavras e que não afirma o que
não pode provar. Mas que "a
polícia tem o dever de descobrir a origem do dinheiro e
quem é o mandante".
Lançando dúvidas sobre o
"espírito republicano" do ministro da Justiça de Lula, Márcio Thomaz Bastos, o candidato
do PSDB à Presidência da República disse ontem que "é errado" a Polícia Federal não ter
apresentado o dinheiro que foi
apreendido em São Paulo para
a compra de artilharia contra
tucanos. "Não era essa a conduta que a polícia adotava anteriormente", disse ele.
Alckmin disse esperar que
Thomaz Bastos não esteja agindo para proteger o governo.
"Fala-se tanto em espírito republicano... E espírito republicano é compromisso com a verdade, compromisso com a justiça", afirmou o tucano.
Alckmin disse que a suspeita
de participação de Freud Godoy, até ontem assessor especial da Presidência da República, reforça a tese de que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva
conhece as práticas do PT. "É
difícil acreditar desde o começo
[na inocência do presidente]",
disse. "A sociedade brasileira
vai dar um basta. Chega. Esgotou qualquer nível de possibilidade de achar que são coisas
pontuais, que o presidente não
sabe, não viu e está fora da coisa. São fatos recorrentes."
Questionado sobre a inclusão de uma foto sua diante de
ambulância da empresa Planam -ligada à máfia dos sanguessugas-, Alckmin disse que
visitava uma feira em Campos
de Jordão (SP). "É malandragem. Aí veio o castigo. Veio o
castigo em seguida", disse Alckmin, insistindo: "A polícia tem
o dever de expor todos os documentos. E tem o dever de apontar os responsáveis".
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