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INVESTIGAÇÃO
Palocci é acusado de liderar a "máfia do lixo" em Ribeirão
DA FOLHA RIBEIRÃO
Uma semana após ter sido
apontado pela Polícia Federal como o mandante da quebra ilegal do sigilo bancário
do caseiro Francenildo dos
Santos Costa, o ex-ministro
da Fazenda Antonio Palocci
Filho (PT) deve ser apontado
hoje pela Polícia Civil como o
coordenador da "máfia do lixo", um esquema de suposto
superfaturamento na Prefeitura de Ribeirão Preto entre
os anos de 2001 e 2004.
Palocci e outras nove pessoas serão acusados por peculato, lavagem de dinheiro,
falsidade ideológica e formação de quadrilha.
O inquérito apurou suposta fraude no contrato de limpeza pública envolvendo a
empresa Leão Leão durante
o segundo governo petista
em Ribeirão. "Ele [Palocci]
era o coordenador de todo o
esquema", disse o delegado
seccional de Ribeirão Preto,
Benedito Valencise, que presidiu o inquérito.
Entre os indiciados estão
também o ex-prefeito de Ribeirão Preto Gilberto Maggioni (PT), o ex-secretário
Nelson Colela (Casa Civil), o
ex-presidente da Leão Ambiental Wilney Barquete e a
ex-superintendente do
Daerp (Departamento de
Água e Esgotos de Ribeirão
Preto) Isabel Bordini.
De acordo com as investigações, as supostas irregularidades teriam como base o
pagamento superfaturado de
varrição de rua -serviço
prestado pela Leão.
Outro lado
O advogado José Roberto
Batochio, que defende Palocci, afirmou ontem achar estranho o inquérito ser concluído às vésperas das eleições -o ex-ministro é candidato a deputado federal pelo
PT. Para ele, o inquérito "não
demonstra qualquer irregularidade".
Em entrevistas anteriores
à Folha, os demais acusados
negaram as irregularidades.
A Leão Leão também nega
envolvimento com qualquer
ato ilegal.
(JORGE SOUFEN JR)
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