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Dono da Novadata nega ter sido beneficiado por ser amigo de Lula
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O dono da empresa Novadata,
Mauro Dutra, negou ontem, na
CPI dos Correios, que tenha sido
favorecido em licitações da estatal
ou que tenha sido beneficiado no
atual governo por sua amizade
com o presidente Luiz Inácio Lula
da Silva. Ele também negou pagamento de propina ao ex-funcionário dos Correios Maurício Marinho e ao ex-diretor de Administração Antônio Osório para conseguir reajuste de contrato.
Relatório preliminar do TCU
(Tribunal de Contas da União)
encontrou indícios de favorecimento de Marinho para a concessão de R$ 3,4 milhões no contrato
da Novadata, destinados a aquisição de kits de informática.
Em 2002, a empresa pediu reajuste de 18% -R$ 17 milhões-
baseado na alta do dólar. A comissão que analisou o pedido autorizou reequilíbrio de apenas
12% -R$ 11 milhões. Segundo
Dutra, foram pagos até agora
R$ 5,5 milhões e Marinho não fazia parte dessa equipe.
A Novadata entrou com recurso
para receber o restante quando foi
montada nova comissão, da qual
Marinho era integrante.
"Não conheço o doutor Osório,
não tive nenhuma influência na
sua indicação, assim como não tive influência na indicação do ex-diretor de Tecnologia Eduardo
Medeiros", disse o empresário.
Dutra admitiu sua amizade com
Lula, a quem conhece há 15 anos,
mas afirmou que só o encontrou
duas vezes depois que assumiu a
Presidência. Segundo o empresário, a média de faturamento da
Novadata foi de R$ 170 milhões
em 2002, 2003 e 2004.
Segundo Dutra, o maior faturamento da Novadata nos últimos
cinco anos foi em 2002, ainda no
governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB), quando saltou de
R$ 4,7 milhões para R$ 63,7 milhões, devido ao contrato do Banco Postal, nos Correios.
(FK e CG).
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