São Paulo, quinta-feira, 19 de outubro de 2006

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Parlamentares buscam no TCU informações sobre Gushiken

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O ministro Ubiratan Aguiar, do TCU (Tribunal de Contas da União), afirmou ontem a congressistas da oposição que a defesa a ser apresentada pelo ex-ministro Luiz Gushiken não alterará a irregularidade no gasto para a confecção de supostas cartilhas sobre ações do governo Luiz Inácio Lula da Silva.
O TCU aprovou há cerca de um mês relatório calculando em R$ 11,7 milhões o valor do prejuízo causado com o superfaturamento de mais de 3 milhões de revistas, além de 1,9 milhão de exemplares não terem sido entregues.
Na primeira defesa, a Secretaria de Comunicação do Governo (que era comandada por Gushiken) disse que parte das cartilhas (930 mil) teria sido distribuída pelo PT, ação considerada como uma "confusão entre ação governamental e ação partidária, com claros objetivos promocionais".
Segundo o deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR), Ubiratan disse que qualquer que seja a nova defesa de Gushiken, "isso não alterará a irregularidade". O tribunal cobra do ex-ministro e das agências de publicidade Duda Mendonça e Matisse a apresentação de novas explicações ou a devolução do dinheiro aos cofres públicos pago pelos serviços supostamente superfaturados ou que nem sequer foram executados.
Estiveram também no TCU os deputados José Carlos Aleluia (PFL-BA), Júlio Semeghini (PSDB-SP) e Ricardo Barros (PP-PR) e o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
O grupo esteve no órgão para saber também sobre os gastos dos cartões corporativos da Presidência da República, dados que são mantidos, em sua maioria, sob sigilo.
Os oposicionistas disseram que Ubiratan vai preparar na próxima semana um relatório sobre o que foi apurado e os dados que faltam ser recebidos. Sindicância da Casa Civil já comprovou a existência de notas frias apresentadas por fornecedores de produtos comprados por meio dos cartões.


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