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Redutos impulsionaram eleição de 30 dos 55 vereadores em SP
Aumentou o número de candidatos que concentraram votos em suas bases
CLAUDIO DANTAS SEQUEIRA
DA REPORTAGEM LOCAL
PAULA LAGO
DA REDAÇÃO
O voto dos redutos eleitorais
foi fundamental na eleição de
30 dos 55 vereadores que integrarão a Câmara Municipal a
partir de 2009. Em 2004, foram 27. A tendência confirma o
sucesso de se defender interesses de uma só região ou fazer
promessas para poucos bairros.
De olho nesse eleitorado, o
DEM pediu aos vereadores que
mobilizem suas bases em favor
de Gilberto Kassab.
O vereador Adilson Amadeu
(PTB) pôs seu comitê e voluntários à disposição para a panfletagem. O mesmo fez Antonio
Carlos Rodrigues (PR). É possível identificar 47 redutos, a
partir da soma dos votos das zonas eleitorais em que um vereador ficou entre os cinco mais
bem votados. As alianças no segundo turno podem dar a Kassab 8 dos 10 maiores redutos.
Marta domina a zona sul, onde Goulart (PMDB) e Milton
Leite (DEM) rivalizam com os
petistas Arselino Tatto e Alfredinho. Eleito com a segunda
maior votação, Goulart é o "senhor" dos feudos eleitorais. De
90.054 votos, 77% vieram dos
redutos. "No Grajaú e na Capela, tive quase a mesma votação
que o Kassab, por causa da operação casada", diz.
O peemedebista também liderou as urnas no Grajaú
(17.011), tradicional reduto de
Tatto, que conseguiu ali 9.785
votos. O petista só manteve o
domínio em Parelheiros
(14.679), onde Goulart ficou em
terceiro (9.203), atrás vem Leite, com 11.230 votos.
O democrata venceu em Piraporinha, com 25.273 votos.
Esses três vereadores figuram
entre as dez maiores votações
alcançadas pelos candidatos
num único bairro. Os outros
são Senival (PT), com 20.279
votos em Guaianases, Domingos Dissei (DEM) com 16.998
votos no Ipiranga, Mutran com
15.286 votos na Vila Maria,
Claudinho de Souza (PSDB)
com 12.954 votos em Brasilândia, Kamia (DEM) com 12.140
votos no Tucuruvi e Gilson
Barreto (PSDB) com 11.615 votos em São Mateus.
Para o cientista político Fernando Abrúcio, da Fundação
Getulio Vargas, "o problema
não é a regionalização, mas saber como ela interfere na elaboração das políticas públicas".
Coordenadora do Movimento Voto Consciente, Sonia Barboza diz que a regionalização
ocorre na ausência do Estado.
"Ninguém pede viaduto. Pessoas querem luz, esgoto, escola.
Aí o vereador arruma vaga na
creche, leito no hospital e assim
vai conseguindo votos."
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