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OUTRO LADO
Banco OK tinha procuração da Ikal
da Sucursal de Brasília
A assessoria do senador Luiz
Estevão e o Ministério dos
Transportes apresentaram a
mesma argumentação para explicar qual a razão do Banco OK
de Investimentos receber R$
1,494 milhão do DNER em nome da construtora Ikal.
Segundo eles, o banco possuía
uma procuração da construtora
que o autorizava a receber créditos da empresa com o governo federal. Isso porque a Ikal teria uma dívida com o Banco OK
empréstimos tomados anteriormente.
"O referido banco, como é
praxe no sistema financeiro,
dispunha de competente procuração, outorgada por instrumento público, para receber
créditos até o valor de R$ 1,597
milhão", diz a nota do Ministério dos Transportes.
O ministério também justificou o pagamento para as obras
na BR-101 neste ano, apesar de o
contrato com a Ikal estar suspenso desde dezembro passado.
Segundo a nota, "tais créditos
referiam-se aos exercícios anteriores a 1999, uma vez que o
contrato entre aquela construtora e o DNER expirou em dezembro de 1998". Ainda segundo o ministério, a Ikal já recebeu
pela obra mais R$ 793 mil.
A assessoria do senador Luiz
Estevão não quis comentar o fato de o banco receber recursos
públicos apesar de estar inadimplente com a União (por
causa da disputa com o BC).
"O Banco OK não tem que explicar por que o DNER está pagando créditos para uma empresa inadimplente", disse o assessor de imprensa do senador,
Silvio Guedes. Ele também não
comentou a disputa com o BC.
"É uma questão que está sendo
decidida pela Justiça", afirmou.
A Folha procurou o empresário Fábio Monteiro de Barros
Filho para que ele comentasse
os pagamentos recebidos pelo
Banco OK em nome da Ikal,
mas não obteve resposta.
Segundo a assessoria do ministro Padilha, as explicações
sobre essas operações serão formalmente encaminhadas ao deputado Agnelo Queiroz (PC
doB-DF) até hoje.
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