|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
JUSTIÇA
Ação popular pede ressarcimento dos gastos com a empresa
Estado perdeu R$ 120 milhões
com Baneser, segundo perícia
da Reportagem Local
Perícia feita por determinação da
Justiça indica que o Banespa teve
prejuízo de R$ 120 milhões com o
pagamento de salários de 1.390
funcionários contratados sem
concurso por meio do Baneser
(Banespa Serviços Técnicos S/A).
A quantia, em valores atualizados, equivale aos gastos do período entre 1992 e início de 1995,
quando o então recém-eleito governador Mário Covas (PSDB-SP)
extinguiu a empresa e demitiu os
servidores não concursados.
O Baneser, empresa subsidiária
do Banespa, foi criado em 1973
com o objetivo de fornecer pessoal
para o banco paulista. Mas, durante as gestões dos ex-governadores
Orestes Quércia (1987-1990) e Luiz
Antonio Fleury Filho (1991-1994),
foi utilizado pelo Estado para a
contratação de pessoal.
A empresa ainda ganhou fama
por manter funcionários com altos
salários. Isso ocorria porque, como empresa de economia mista, o
Baneser podia pagar remunerações acima dos tetos oficiais.
Os servidores eram contratados
pelo Baneser e lotados em outros
órgãos da administração.
Até o início de 1995, o Estado
contava com cerca de 13 mil funcionários contratados via Baneser.
Os 1.390 servidores citados na
perícia, feita por técnicos do Banespa, ocupavam cargos que iam
de técnicos a varredores de rua.
Quércia e Fleury, acusados de terem autorizado as contratações,
sempre negaram irregularidades.
A perícia foi feita em função de
uma ação popular contra todos os
presidentes e diretores do banco.
Movida por sindicalistas, a ação
pede que o Estado seja ressarcido
dos prejuízos.
(/asp(PATRICIA ZORZAN)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|