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São Paulo, sexta-feira, 19 de dezembro de 2003

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UM ANO DEPOIS

Transparência Brasil diz que falta prevenção

Em carta, ONG cobra do presidente medidas de combate à corrupção

RICARDO WESTIN
DA REDAÇÃO

A ONG Transparência Brasil aproveitou que Luiz Inácio Lula da Silva fez ontem um balanço de seu primeiro ano na Presidência para divulgar uma carta aberta em que pede a ele que se dedique mais a combater a corrupção.
"A corrupção não se combate de forma eficaz por medidas isoladas", diz o documento redigido pela seção brasileira da ONG Transparência Internacional.
A Transparência Brasil afirma que faltam medidas de prevenção e sugere um mapeamento dos órgãos públicos para fiscalização.
"Polícia, Controladoria Geral da União e Tribunal de Contas, tudo isso é importante, mas só entra em ação depois que se descobre a corrupção", diz o secretário-geral da ONG, Claudio Weber Abramo.
O controle, sugere ele, deve ser coordenado pelo governo. "Não precisa haver uma agência anticorrupção, como está no compromisso que Lula assinou conosco em 2002. Um assessor especial da Presidência pode cuidar disso."
Segundo a Controladoria, Lula não deve mesmo cumprir a promessa de campanha. A função da agência deve ser absorvida pelo Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, cuja criação só depende de uma assinatura do presidente.
A carta não traz nenhuma referência às suspeitas que recaem sobre o PT no caso Santo André e no "escândalo dos gafanhotos".
No último ranking da Transparência Internacional, de outubro, o Brasil aparece numa situação ruim, como o 54º país mais corrupto do mundo.
Em resposta, os ministros José Dirceu (Casa Civil) e Waldir Pires (Controladoria) enviaram na semana passada uma carta à Transparência Brasil dizendo que o governo Lula "não rouba, não deixa roubar e combate a corrupção".


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