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UM ANO DEPOIS
Transparência Brasil diz que falta prevenção
Em carta, ONG cobra do presidente medidas de combate à corrupção
RICARDO WESTIN
DA REDAÇÃO
A ONG Transparência Brasil
aproveitou que Luiz Inácio Lula
da Silva fez ontem um balanço de
seu primeiro ano na Presidência
para divulgar uma carta aberta
em que pede a ele que se dedique
mais a combater a corrupção.
"A corrupção não se combate
de forma eficaz por medidas isoladas", diz o documento redigido
pela seção brasileira da ONG
Transparência Internacional.
A Transparência Brasil afirma
que faltam medidas de prevenção
e sugere um mapeamento dos órgãos públicos para fiscalização.
"Polícia, Controladoria Geral da
União e Tribunal de Contas, tudo
isso é importante, mas só entra
em ação depois que se descobre a
corrupção", diz o secretário-geral
da ONG, Claudio Weber Abramo.
O controle, sugere ele, deve ser
coordenado pelo governo. "Não
precisa haver uma agência anticorrupção, como está no compromisso que Lula assinou conosco
em 2002. Um assessor especial da
Presidência pode cuidar disso."
Segundo a Controladoria, Lula
não deve mesmo cumprir a promessa de campanha. A função da
agência deve ser absorvida pelo
Conselho de Transparência Pública e Combate à Corrupção, cuja criação só depende de uma assinatura do presidente.
A carta não traz nenhuma referência às suspeitas que recaem sobre o PT no caso Santo André e no
"escândalo dos gafanhotos".
No último ranking da Transparência Internacional, de outubro,
o Brasil aparece numa situação
ruim, como o 54º país mais corrupto do mundo.
Em resposta, os ministros José
Dirceu (Casa Civil) e Waldir Pires
(Controladoria) enviaram na semana passada uma carta à Transparência Brasil dizendo que o governo Lula "não rouba, não deixa
roubar e combate a corrupção".
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