São Paulo, terça-feira, 19 de dezembro de 2006

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Maluf e familiares afirmam que nunca tiveram contas no exterior

DA REPORTAGEM LOCAL

Adilson Laranjeira, assessor de Paulo Maluf (PP), afirmou ontem, por meio de nota, que o ex-prefeito e seus familiares não têm nem nunca tiveram contas no exterior.
"Paulo Maluf e seus familiares não têm nem nunca tiveram contas no exterior. Quanto à operação financeira que envolve a Eucatex, realizada por investidores estrangeiros através do Deutsche Bank, ela é perfeitamente legal, tanto que foi aprovada pelo Banco Central e pela Comissão de Valores Mobiliários", afirmou Laranjeira.
Questionado sobre novas contas atribuídas aos Maluf e aos demais denunciados, o assessor afirmou que a resposta estava na nota.
Sobre o documento atribuído a Maluf, Laranjeira afirmou que já ficou comprovado por meio de laudo que a letra não pertence ao ex-prefeito.
Os advogados de Maluf e o do casal Haber informaram ontem que irão se manifestar após terem acesso à denúncia.

Histórico
A primeira reportagem sobre contas da família Maluf no exterior foi publicada pela Folha, em junho de 2001. À época, foi relatado que autoridades da ilha de Jersey estranhavam a movimentação das contas.
Desde então, Maluf tem negado de forma veemente possuir contas fora do país.
Em 2002 ele foi candidato ao governo de São Paulo e, em 2004, disputou a prefeitura. Perdeu as eleições e atribuiu os documentos a uma perseguição política.
Em fevereiro de 2002, a Folha publicou reportagem mostrando que investidores estrangeiros do Deutsche Bank da ilha de Jersey passaram a investir em ações da Eucatex. À época, o Ministério Público já falava em retorno do dinheiro.
O ex-prefeito afirmou e continua afirmando que a operação foi perfeitamente legal, que sua família não configura entre os investidores.
No ano passado, Maluf e o filho Flávio passaram 40 dias presos na carceragem da Polícia Federal.
Por meio de escutas telefônicas, a Justiça entendeu que pai e filho tentaram intimidar outro acusado que estava colaborando com a investigação sobre contas ilegais mantidas nos Estados Unidos.
Os dois foram soltos por ordem do Supremo Tribunal Federal, que considerou a medida exagerada.
Com a diplomação, todos os processos criminais e a atual denúncia serão remetidos ao Supremo Tribunal Federal, que tem competência para julgar parlamentares, e ao procurador-geral Antonio Fernando.
As ações civis que pedem a restituição do dinheiro aos cofres públicos continuam em primeira instância. (LC)


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