DA REPORTAGEM LOCAL

Líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), José Rainha Júnior, 40, já comandou dezenas de invasões. A primeira delas foi em São Mateus (ES), em outubro de 1985.
Rainha classificou a ação como "uma grande vitória". Sofreu o primeiro atentado em 1988, quando foi alvo de balas por invadir uma fazenda pertencente à Acesita, no Espirito Santo. "Dispararam três tiros. Só um pegou, de raspão. Minha mãe guarda a camisa com furos de bala até hoje", declarou em 1995.
Em várias ocasiões, Rainha, simpatizante do PT, ameaçou intensificar o ritmo das invasões se o governo não assentasse os sem-terra no ritmo demandado pelo movimento.
Em 1993, Rainha visitou a China, a convite do governo daquele país. Em 1994, passou 14 dias preso, sob acusação de ter matado dois policiais militares durante confronto em 1989 em Pedro Canário (ES). Em 1995, teve sua prisão preventiva decretada. Na época, fugiu da polícia e declarou que pretendia ficar "eternamente com os trabalhadores". Em 2000, foi absolvido pela Justiça.
Quando, em 1996, policiais militares mataram 19 sem-terra no confronto em Eldorado dos Carajás (PA), Rainha chamou o ministro Raul Jungmann (Desenvolvimento Agrário) de "canalha".
Rainha vive com Diolinda Alves de Souza, que também atua no MST. O casal tem dois filhos: João Paulo, nascido em 94, e Sofia, de 2001.

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