São Paulo, domingo, 20 de fevereiro de 2000


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O PERSONAGEM

Vigário da arquidiocese deixa de ser sacerdote

da Reportagem Local

Na mesma semana em que o Vaticano transferiu dom Antônio Celso de Queiroz, a Arquidiocese de São Paulo sofreu outra baixa. Perdeu Fernando Altemeyer Jr., 43, vigário de comunicação. Ele abdicou do cargo que ocupava desde setembro de 1994 porque deixou de ser padre.
Um dos responsáveis pelo relacionamento do clero com a mídia, costumava dar declarações irreverentes, que não raro chegavam à seção de frases dos jornais e revistas. Desta vez, porém, preferiu se calar. Não explica as razões que o fizeram abandonar o ministério.
Ainda no seminário, já engrossava o chamado setor progressista da igreja, coordenando movimentos sociais da zona leste paulistana.
Quando se ordenou, em 1984, católicos de bairros pobres como São Mateus e Sapopemba o homenagearam com uma festa tão ruidosa que atraiu a atenção da imprensa.
No início da década de 90, após denunciar o assassinato de crianças da periferia, recebeu ameaças de morte e precisou se mudar para a Bélgica. Ao voltar, se tornou porta-voz de dom Paulo Evaristo Arns.
Agora, diz apenas que pretende continuar lecionando Ciências da Religião na PUC de São Paulo. (AA)


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