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Paulo Octávio diz agora que fica até fim do governo
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Um dia depois de ensaiar
uma renúncia e dizer que ficaria até as definições da
Justiça, o governador interino do Distrito Federal, Paulo
Octávio (DEM), agora, promete ficar no cargo até o final
do seu mandato.
Ontem, em uma estratégia
para tentar mostrar força,
ele fez a primeira reunião
com todos seus secretários.
A ideia é montar uma agenda
positiva, com a inauguração
do maior número de obras
possível, para evitar a intervenção federal no DF. No fim
do encontro, o secretário de
Comunicações do governo,
André Duda, foi escalado para tentar mostrar que tudo
funciona muito bem.
"O governador quer mostrar para o Ministério Público Federal que o pedido de
intervenção é fora de propósito. As escolas estão funcionando, a saúde está funcionando. A crise é grave, é política, mas para a população
não está acontecendo", disse.
Questionado sobre a possível renúncia de Octávio, Duda respondeu: "[Ele fica] até
31 de dezembro. Mas na reunião não foi discutida a questão da renúncia. O governador já falou que quer ser um
facilitador".
Por meio de assessores,
Paulo Octávio também informou ontem que recuou da
ideia de trocar o seu secretariado. Segundo Duda, a princípio todos os nomes estão
mantidos. Anteriormente, o
governador havia dito que
pretendia fazer uma reformulação no governo, incluindo alguns nomes de notáveis entre o secretariado.
Ele chegou, inclusive, a pedir
que todos colocassem seus
cargos à disposição.
Ainda em busca de apoio, o
governador interino realiza
na manhã de hoje reunião
com todos os deputados distritais. Ontem ele se encontrou com empresários e com
o procurador do DF, Marcelo
Galvão, para traçar a estratégia de defesa contra a intervenção federal.
Com o recuo em relação à
renúncia e a ameaça de expulsão de seu partido, assessores de Paulo Octávio confirmaram ontem que ele deve entregar na segunda-feira
sua carta de desfiliação do
DEM.
(MARIA CLARA CABRAL)
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