São Paulo, sábado, 20 de fevereiro de 2010

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Cemitério foi inaugurado na gestão Maluf

DA REPORTAGEM LOCAL

As primeiras ossadas de desaparecidos políticos foram encontradas no cemitério Dom Bosco, no bairro de Perus, na zona norte de São Paulo, em setembro de 1990.
O cemitério, inaugurado em 1971, na primeira gestão municipal do atual deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), possuía uma vala comum onde havia 1.570 cadáveres.
Em meio a ossadas de indigentes, foram encontrados e identificados por peritos da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) os restos mortais dos militantes Dênis Antônio Casemiro e Frederico Eduardo Mayr.
Em covas comuns do cemitério estavam as ossadas dos desaparecidos políticos Sônia Maria de Moraes Angel Jones, Antônio Carlos Bicalho Lana, Helber José Gomes Goulart e Emanuel Bezerra dos Santos.
O trabalho de identificação nas ossadas foi interrompido em 1993, e seis anos depois a Unicamp fechou seu Departamento de Medicina Legal. As ossadas foram transferidas para a USP. Em 2005, foi identificado o guerrilheiro Flávio Carvalho Molina, do Molipo (Movimento de Libertação Popular) e, em 2006, Luiz José da Cunha, da ALN (Ação Libertadora Nacional).
Na ação civil pública proposta pelo Procuradoria da República em São Paulo, em novembro do ano passado, a instituição pede que, além da União Federal e do Estado de São Paulo, profissionais das universidades sejam responsabilizados pela demora na identificação dos corpos.


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