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Cemitério foi inaugurado na gestão Maluf
DA REPORTAGEM LOCAL
As primeiras ossadas de
desaparecidos políticos foram encontradas no cemitério Dom Bosco, no bairro de
Perus, na zona norte de São
Paulo, em setembro de 1990.
O cemitério, inaugurado
em 1971, na primeira gestão
municipal do atual deputado
federal Paulo Maluf (PP-SP),
possuía uma vala comum onde havia 1.570 cadáveres.
Em meio a ossadas de indigentes, foram encontrados e
identificados por peritos da
Unicamp (Universidade Estadual de Campinas) os restos mortais dos militantes
Dênis Antônio Casemiro e
Frederico Eduardo Mayr.
Em covas comuns do cemitério estavam as ossadas
dos desaparecidos políticos
Sônia Maria de Moraes Angel Jones, Antônio Carlos Bicalho Lana, Helber José Gomes Goulart e Emanuel Bezerra dos Santos.
O trabalho de identificação nas ossadas foi interrompido em 1993, e seis anos depois a Unicamp fechou seu
Departamento de Medicina
Legal. As ossadas foram
transferidas para a USP. Em
2005, foi identificado o guerrilheiro Flávio Carvalho Molina, do Molipo (Movimento
de Libertação Popular) e, em
2006, Luiz José da Cunha, da
ALN (Ação Libertadora Nacional).
Na ação civil pública proposta pelo Procuradoria da
República em São Paulo, em
novembro do ano passado, a
instituição pede que, além da
União Federal e do Estado de
São Paulo, profissionais das
universidades sejam responsabilizados pela demora na
identificação dos corpos.
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