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ENTIDADE
Dos 60 conselheiros que votam, alguns ainda têm dúvida se há elementos concretos para solicitação
OAB decide hoje se pede impeachment
da Reportagem Local
A seção paulista
da OAB (Ordem
dos Advogados do
Brasil) decide hoje
se pede à Câmara
Municipal a abertura de processo de impeachment
do prefeito de São Paulo, Celso
Pitta.
Segundo apurou a Folha, conselheiros da entidade ainda têm
dúvidas se há elementos concretos para solicitar aos vereadores
que analisem a possibilidade de
afastar o prefeito somente com
base nas denúncias feitas por sua
ex-mulher Nicéa Pitta.
Sessenta conselheiros serão
consultados na reunião que acontecerá às 17h. A decisão será tomada por maioria simples. Três
conselheiros poderão discursar
contra o impeachment, e três, a
favor.
O relator do caso é o conselheiro
Márcio Cammarosano. No fim-de-semana, ele se refugiou numa
chácara no interior do Estado para redigir seu voto, que será submetido aos demais conselheiros.
Cammarosano teve apenas seis
dias para preparar o relatório,
tempo considerado curto por alguns de seus colegas. O advogado
terá de apontar se as denúncias
feitas por Nicéa Pitta têm consistência ou não.
"Estou trabalhando no relatório
desde terça-feira, quando, para
minha surpresa, fui designado
para o caso", afirmou. O voto de
Cammarosano só será revelado
durante a seção. Segundo ele, sua
posição não levará em conta
questões políticas.
Falta de provas
A maior dificuldade do relator
está no fato de Nicéa Pitta não ter
apresentado provas concretas da
denúncia que fez sobre suposta
corrupção envolvendo o prefeito,
secretários municipais e 30 dos 55
vereadores.
Na semana passada, depois de
ser indicado para a relatoria do
caso, Cammarosano afirmou que
pretendia anexar cópia de reportagens veiculadas na imprensa sobre o chamado Pittagate.
Essa seria uma forma de embasar uma possível denúncia contra
o prefeito.
O conselheiro Carlos Miguel Aidar defende a apuração das denúncias, porém argumenta que
há dificuldades para a abertura do
processo de impeachment. "Entendo que toda denúncia deve ser
apurada; como fazer essa apuração, não sei."
Aidar afirmou que não é especialista na matéria e portanto pretende votar com o relator, independentemente de qual seja sua
posição. Outros conselheiros ouvidos pela Folha não quiseram
adiantar como irão se posicionar.
Alguns conselheiros estão impedidos de votar porque advogam para algumas das partes envolvidas.
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