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Católicos esperam que país venha a ter outros santos
DO ENVIADO A NOVA TRENTO
"Esperamos sinceramente
que a trajetória de outros
brasileiros possa ser reconhecida daqui para a frente.
Queremos novos santos",
afirma o metalúrgico catarinense Alexandre Motta, 20.
Como ele, diversos católicos leigos -e também religiosos- esperam que a canonização de madre Paulina
abra caminho para que o
Brasil venha a ter outros santos em breve. O processo de
Paulina se iniciou em 1965,
mas a canonização pode levar séculos.
Católico praticante, Motta
diz que, "além do desenvolvimento que vai trazer à cidade, um dos efeitos positivos da canonização é a possibilidade de novos santos
brasileiros".
Entre os fatores negativos,
diz ele que, como o santuário de madre Paulina fica em
Nova Trento, "nos últimos
dias, veio muita gente de fora, e já houve incidentes de
violência, principalmente
assaltos".
"Santos, muitos santos"
"O Brasil precisa de santos
e de muitos santos", disse o
papa João Paulo 2º em 1991,
quando veio ao Brasil para
beatificar madre Paulina.
"Todos os cristãos são chamados à santidade."
A aposentada Maria Santilha Gandolfi, 64, de Braço do
Trombudo (a 200 km de Nova Trento) concorda.
"Aguardamos com esperança novos santos."
Há mais de 3.000 processos de beatificação e canonização em andamento no Vaticano, que sempre privilegiou os candidatos europeus
(sobretudo italianos), mas já
reconhece a necessidade de
retratar de forma mais fiel a
realidade atual da igreja.
Atualmente, o Vaticano
analisa cerca de 50 processos
de brasileiros ou de pessoas
mortas no país. Entre os pretendentes, o que mais tem
chance de ser canonizado é o
frei Antônio de Sant'Anna
Galvão (1739-1822), nascido
no Brasil.
Galvão foi ordenado aos 23
anos. Em 1774, fundou o
Mosteiro da Luz. Alguns
anos mais tarde, surgiram
relatos de que ele curava as
pessoas com pílulas de papel
contendo preces e orações.
O frade pedia que os devotos
engolissem as pílulas.
Outros candidatos à santidade com possibilidade
mais forte são a madre francesa Maria Teodora Voiron
(1835-1925) e o jesuíta José
de Anchieta (1534-1597), das
Ilhas Canárias.
(PDF)
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