São Paulo, segunda-feira, 20 de maio de 2002

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Católicos esperam que país venha a ter outros santos

DO ENVIADO A NOVA TRENTO

"Esperamos sinceramente que a trajetória de outros brasileiros possa ser reconhecida daqui para a frente. Queremos novos santos", afirma o metalúrgico catarinense Alexandre Motta, 20.
Como ele, diversos católicos leigos -e também religiosos- esperam que a canonização de madre Paulina abra caminho para que o Brasil venha a ter outros santos em breve. O processo de Paulina se iniciou em 1965, mas a canonização pode levar séculos.
Católico praticante, Motta diz que, "além do desenvolvimento que vai trazer à cidade, um dos efeitos positivos da canonização é a possibilidade de novos santos brasileiros".
Entre os fatores negativos, diz ele que, como o santuário de madre Paulina fica em Nova Trento, "nos últimos dias, veio muita gente de fora, e já houve incidentes de violência, principalmente assaltos".

"Santos, muitos santos"
"O Brasil precisa de santos e de muitos santos", disse o papa João Paulo 2º em 1991, quando veio ao Brasil para beatificar madre Paulina. "Todos os cristãos são chamados à santidade."
A aposentada Maria Santilha Gandolfi, 64, de Braço do Trombudo (a 200 km de Nova Trento) concorda. "Aguardamos com esperança novos santos."
Há mais de 3.000 processos de beatificação e canonização em andamento no Vaticano, que sempre privilegiou os candidatos europeus (sobretudo italianos), mas já reconhece a necessidade de retratar de forma mais fiel a realidade atual da igreja.
Atualmente, o Vaticano analisa cerca de 50 processos de brasileiros ou de pessoas mortas no país. Entre os pretendentes, o que mais tem chance de ser canonizado é o frei Antônio de Sant'Anna Galvão (1739-1822), nascido no Brasil.
Galvão foi ordenado aos 23 anos. Em 1774, fundou o Mosteiro da Luz. Alguns anos mais tarde, surgiram relatos de que ele curava as pessoas com pílulas de papel contendo preces e orações. O frade pedia que os devotos engolissem as pílulas.
Outros candidatos à santidade com possibilidade mais forte são a madre francesa Maria Teodora Voiron (1835-1925) e o jesuíta José de Anchieta (1534-1597), das Ilhas Canárias. (PDF)


Texto Anterior: No Brasil, 35 mil comemoram 1ª santa
Próximo Texto: Romeiros pedem saúde e emprego
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.