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Dívida de Minas definirá candidatura de Aécio
DO ENVIADO ESPECIAL A ROMA
O presidente da Câmara, Aécio
Neves (PSDB-MG), vai examinar
com o presidente Fernando Henrique Cardoso a situação financeira de Minas Gerais, antes de decidir, nos próximos dias, se se candidata ao governo ou ao Senado.
Aécio acha que só após assegurada a "governabilidade" estaria
em condições de concorrer ao
cargo mais importante.
Assegurar a "governabilidade"
significa, na prática, verificar se o
pagamento da dívida mineira,
nos termos do acordo fechado pelo Estado com a União, não é excessivamente sufocante.
Aécio acha que Minas é um dos
dois Estados em situação financeira "mais preocupante" (o outro é o Rio Grande do Sul).
Seja qual for a decisão final de
Aécio, pelo Senado ou pelo governo, ela afastará a especulação de
que ainda pode ser o candidato alternativo do PSDB à Presidência
da República.
Desde já, o presidente da Câmara avisa: "Serra é o candidato do
partido hoje e será o candidato do
partido no dia da eleição. De todos os candidatos é o que tem melhores condições para governar".
Aécio admite que há dificuldades, de resto óbvias, mas acredita
que elas desaparecerão a partir do
momento em que a campanha
sair do que ele chama de "denuncismo" para entrar na fase da discussão de idéias.
O mais recente "denuncismo"
derrubou o candidato a candidato
a vice-presidente com Serra, Henrique Alves (PMDB-RN). Aécio
Neves admite que foi pego de surpresa pelas denúncias (já estava
no exterior).
Mas afirma que o PSDB não tem
pressa para fechar, com o PMDB,
o nome que será afinal o vice de
Serra. "De nossa parte, não é uma
questão emergencial. Será tratada
dentro dos prazos que a lei nos
permite, e a lei nos permite algumas semanas para amadurecer
essa relação", diz.
Aécio acompanha o presidente
na viagem pela Europa e foi, com
FHC, o outro único membro da
comitiva que comungou ontem,
na missa de canonização de madre Paulina.
Clóvis Rossi.
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