São Paulo, sábado, 20 de maio de 2006

Próximo Texto | Índice

PAINEL


Assim também...
A cúpula do PFL deu um desconto a Cláudio Lembo depois da entrevista à Folha. Acha que o destampatório do governador até serviu como troco aos tucanos, que se meteram além da conta -e sem sucesso- na disputa pefelista para definir o vice de Geraldo Alckmin.

...já é demais
Ontem, porém, as novas alfinetadas de Lembo em Alckmin e Serra a propósito da crise da segurança em São Paulo acenderam luz amarela no PFL. A direção teme que o governador se transforme num "pé-de-cabra" do PT na disputa eleitoral.

City tour
Enquanto tucanos e pefelistas trocavam farpas no Brasil, Fernando Henrique Cardoso, Aécio Neves e Tasso Jereissati curtiam Nova York. Almoçaram no restaurante Bravo Gianni, fizeram compras na livraria Barnes & Noble e visitaram uma exposição no museu Frick Collection.

Todo meigo
Tarso Genro telefonou a José Jorge (PFL-PE) para parabenizá-lo pela vaga de vice de Alckmin. Disse que o governo está de "portas abertas" para dialogar com a chapa oposicionista.

Aproveitando o impulso
O senador agradeceu e pediu ao ministro das Relações Institucionais que cobre empenho dos aliados na votação da emenda que cria o Fundeb, da qual foi relator. Afinal, a proposta nasceu na gestão de Genro no MEC.

Aos poucos
Apesar da "carta aos petistas", em que anuncia seu "retorno" à política, José Genoino pretende ficar na muda até o fim de junho, quando o PT realiza a convenção que ratificará a lista de seus candidatos à Câmara.

Para registro
Em reunião plenária na noite de anteontem, Marta Suplicy reafirmou que não será candidata a deputada federal.

Melhor prevenir
O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, cancelou na última hora a participação que faria hoje em reunião do diretório do PT paulista para falar sobre segurança pública. Achou que daria discurso para o acusarem de partidarizar a questão.

Pequenas causas
Atolada na Operação Sanguessuga, a Corregedoria da Câmara resolveu se livrar dos casos menores. Recomendará que a Mesa aplique censura verbal a Jorge Bittar (PT-RJ) por ter xingado o ex-presidente da CPI dos Correios, Delcídio Amaral (PT-MS).

Magoou
Por pouco a campanha de Eduardo Campos (PSB) ao governo de Pernambuco não perdeu o único partido aliado. Inocêncio Oliveira fez muxoxo e ameaçou tirar o PL do palanque do neto de Miguel Arraes. Sentiu-se desprestigiado em um evento. Depois, fez as pazes.

Pior a emenda
A saia-justa entre Campos e Inocêncio foi motivo de piada entre os adversários. "Não se sabe se o desgaste maior é Inocêncio sair da aliança ou ficar", brinca um aliado do governador Mendonça Filho (PFL).

Mão fechada
Do senador Marco Maciel (PFL-PE), sobre o veto de Lula ao projeto que regulamenta o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico: "Prevaleceu a lógica do contingenciamento num setor estratégico para o país e que sofre de crônica falta de recursos".

Visita à Folha
Demian Fiocca, presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Fábio Kerche, assessor de imprensa.

TIROTEIO

De Fernando Ferro (PE), vice-líder do PT na Câmara, em resposta a Alberto Goldman (PSDB-SP), segundo quem o governo paulista achou melhor negociar com os "chefes" do PCC do que com os "subalternos" do governo Lula:
-Na ânsia de atacar o PT, o deputado acabou reconhecendo a existência de um acordo que ninguém no governo estadual teve a coragem de admitir.

CONTRAPONTO

Cobra na cabeça

Em peregrinação pré-eleitoral pelo oeste de São Paulo, o deputado estadual Campos Machado, líder local do PTB e vice-presidente nacional da sigla, chegou ao pequeno município de Nova Independência, onde o prefeito vinha sofrendo duros ataques da oposição.
Informado por assessores das agruras do correligionário, Campos foi ao palanque e, após as saudações de praxe, iniciou contundente defesa do prefeito:
-Há gente aqui agindo como réptil. E com cobra não adianta ser benevolente: tem que matar a pau e esmagar a cabeça!
Aos gritos de "mata, mata a cobra!", a platéia foi ao delírio. No final, sem entender o motivo de tanto sucesso, Campos procurou um assessor do prefeito. Rindo, o homem explicou que o deputado havia acertado na mosca, ou melhor, na cobra:
-Acontece que o apelido do líder da oposição é Jibóia...


Próximo Texto: Contra Lula, Tasso defende "grande campanha negativa"
Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.