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Partidos têm de
superar atritos até convenção
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
As direções do PT e do PL vão
concentrar esforços até domingo
para tentar superar as dificuldades que impedem acordos estaduais entre os dois partidos. A coligação nacional não significa que
candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva terá o apoio do
PL em todos os Estados.
Em São Paulo, por exemplo, o
PL tem preferência pela coligação
formal com o PPB de Paulo Maluf. O deputado Luiz Antônio de
Medeiros (SP) afirma que o PL
deverá eleger sete deputados se fizer coligação com o PPB. No caso
de uma aliança com o PT, elegerá
só três, segundo cálculos dele.
"O Maluf tem uma chapa pobre.
O PT tem o voto de legenda, mas
também tem muita gente boa de
voto", argumenta Medeiros. Apesar disso, assegura que vai apoiar
Lula na eleição presidencial.
Lula terá que intervir em Alagoas para assegurar o ingresso do
PL na coligação liderada pelo PT.
"O Lula prometeu resolver. Se
não, estamos todos desempregados [sem mandato", inclusive eu",
afirmou o deputado e usineiro
João Caldas (PL). A senadora Heloísa Helena (PT) é contra a coligação com os liberais.
Em Roraima, os deputados Alceste Almeida e Robério Araújo
estão desorientados. "Estávamos
fechados com o PTB e a Frente
Trabalhista [PPS-PTB-PDT". O
PT não tem nenhuma estrutura
no Estado", explicou Araújo.
O deputado Bispo Rodrigues
(RJ) afirmou que vai apoiar Lula,
mas reafirmou que esse não seria
o melhor caminho para o partido:
"Não é fácil um partido construído na base do governo apoiar o
PT. Resisti até o último momento,
mas vou seguir a decisão do partido". No Rio, porém, ele vai apoiar
Rosinha Garotinho (PSB).
Em Mato Grosso, o deputado
Wellinton Fagundes precisava ficar liberado para fechar coligação
com o PSDB.
Poderia ser o vice do senador
Antero de Barros na disputa pelo
governo estadual. Agora, terá que
fazer coligação com o PT.
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