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Aécio vai disputar governo de Minas
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente da Câmara dos
Deputados, Aécio Neves (PSDB),
foi ontem ao Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas, dizer que aceita a convocação do
governador Itamar Franco para
concorrer ao governo estadual.
Antes, Aécio reuniu na sua casa o
ex-governador Eduardo Azeredo
e outros tucanos adversários de
Itamar, e obteve deles um pacto
de não-agressão ao governador.
Em Brasília, após um dia inteiro
de reuniões, o deputado federal
Roberto Brant (PFL) foi forçado a
desistir de sua candidatura ao governo de Minas, que teria o apoio
da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT). O PFL mineiro decidiu
apoiar Aécio, com direito de indicar o nome do vice na chapa e
uma das vagas para o Senado. O
nome do vice está entre presidente do PFL-MG, Clésio de Andrade, e o deputado Carlos Melles.
Com isso, o candidato tucano à
Presidência, José Serra, tomou o
palanque do PFL de Minas, segundo colégio eleitoral do país,
das mãos de Ciro Gomes (PPS).
A oficialização da pré-candidatura de Aécio se deu com um discurso dele, com Itamar ao lado.
"Enganam-se os que apostam nas
nossas divergências internas, para
delas aproveitar-se a fim de abrir
cisões e impor domínio. Quando
nos divergimos, divergimo-nos
quanto ao caminho, não quanto
ao destino. Divergimo-nos na forma de melhor servir à nossa província. E a ela servindo, servir ao
nosso país", disse o deputado, para dizer que aceita a convocação.
"Meu caro governador e amigo
Itamar Franco, venho dizer aos
mineiros, neste palácio que resume e encarna as nossas virtudes e
as nossas razões, que aceito disputar o governo de Minas."
Aécio destacou a dedicação dos
mineiros à política e disse que
buscará a "unidade política" antes
e depois das eleições. Definiu como "corajoso e claro" o apoio de
Itamar, que, no plano nacional,
apóia Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele se referiu à gestão itamarista
como "honrada e patriótica". E
encampou outro discurso de Itamar. "É chegada a hora de enfrentar uma verdade que estamos
sempre adiando: a de que a geografia e a história nos reclamam
uma Federação de direito e de fato, com autonomia concreta dos
municípios e dos Estados", disse.
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