São Paulo, quinta-feira, 20 de junho de 2002

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Aécio vai disputar governo de Minas

DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente da Câmara dos Deputados, Aécio Neves (PSDB), foi ontem ao Palácio da Liberdade, sede do governo de Minas, dizer que aceita a convocação do governador Itamar Franco para concorrer ao governo estadual. Antes, Aécio reuniu na sua casa o ex-governador Eduardo Azeredo e outros tucanos adversários de Itamar, e obteve deles um pacto de não-agressão ao governador.
Em Brasília, após um dia inteiro de reuniões, o deputado federal Roberto Brant (PFL) foi forçado a desistir de sua candidatura ao governo de Minas, que teria o apoio da Frente Trabalhista (PPS-PTB-PDT). O PFL mineiro decidiu apoiar Aécio, com direito de indicar o nome do vice na chapa e uma das vagas para o Senado. O nome do vice está entre presidente do PFL-MG, Clésio de Andrade, e o deputado Carlos Melles.
Com isso, o candidato tucano à Presidência, José Serra, tomou o palanque do PFL de Minas, segundo colégio eleitoral do país, das mãos de Ciro Gomes (PPS).
A oficialização da pré-candidatura de Aécio se deu com um discurso dele, com Itamar ao lado. "Enganam-se os que apostam nas nossas divergências internas, para delas aproveitar-se a fim de abrir cisões e impor domínio. Quando nos divergimos, divergimo-nos quanto ao caminho, não quanto ao destino. Divergimo-nos na forma de melhor servir à nossa província. E a ela servindo, servir ao nosso país", disse o deputado, para dizer que aceita a convocação.
"Meu caro governador e amigo Itamar Franco, venho dizer aos mineiros, neste palácio que resume e encarna as nossas virtudes e as nossas razões, que aceito disputar o governo de Minas."
Aécio destacou a dedicação dos mineiros à política e disse que buscará a "unidade política" antes e depois das eleições. Definiu como "corajoso e claro" o apoio de Itamar, que, no plano nacional, apóia Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele se referiu à gestão itamarista como "honrada e patriótica". E encampou outro discurso de Itamar. "É chegada a hora de enfrentar uma verdade que estamos sempre adiando: a de que a geografia e a história nos reclamam uma Federação de direito e de fato, com autonomia concreta dos municípios e dos Estados", disse.


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