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Lula exalta a economia pede combate ao pessimismo
DO ENVIADO ESPECIAL A TAUBATÉ
DA AGÊNCIA FOLHA, EM TAUBATÉ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O presidente Luiz Inácio Lula
da Silva tentou exaltar ontem a
agenda que considera a mais positiva de seu governo: a econômica. Afirmou que "é preciso de
uma vez por todas parar com o
pessimismo no país", já que o
Brasil tem, atualmente, uma
"chance extraordinária de dar um
salto de qualidade" para que o
crescimento seja sustentado.
Em discurso ora lido, ora de improviso durante evento de ampliação da fábrica de celulares da
LG em Taubaté (interior de São
Paulo), o presidente evitou mencionar a crise política pela qual
passa seu governo e o PT.
Listou dados positivos da economia, com destaque às exportações, e ações de governo na área
da Educação. Também exaltou a
"criatividade" do povo brasileiro.
"Os 3,137 milhões de postos de
trabalho com carteira assinada
criados em 30 meses de mandato
junto com outros indicadores de
inclusão social são prova concreta
de que está havendo efetiva mudança social no país", disse Lula,
observado por ministros, empresários e pelo governador de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
pré-candidato à Presidência.
"É preciso de uma vez por todas
parar com o pessimismo neste
país. Tem gente que levanta reclamando da vida, vai dormir reclamando da vida, sonha com coisa
ruim e acorda de mau humor",
disse o presidente, muito aplaudido. "Ninguém consegue construir
nada positivo se a gente não acreditar", completou, pedindo investimento aos empresários.
Reforço no Congresso
Se no evento da tarde o presidente evitou abordar temas políticos, esses dominaram a posse de
Jaques Wagner como novo articulador político do governo pela
manhã, em Brasília. Lula disse
que a "vida política é uma roda-gigante que não pára de girar".
"Acho que estamos vivendo um
momento em que os melhores
quadros da política brasileira precisam despontar para fazer com
que a política continue da melhor
forma possível", disse Lula, segundo relato de presentes à posse.
A comparação, feita quando o
governo enfrenta seu momento
mais difícil, foi em rápido e improvisado discurso em evento fechado que durou oito minutos.
Ontem, Jaques Wagner (PT-BA) assumiu o recém-criado Gabinete de Coordenação Política e
Articulação Institucional, em
substituição a Aldo Rebelo (PC do
B), que retoma seu mandato de
deputado federal ao deixar a extinta Secretaria de Coordenação
Política e Assuntos Institucionais.
O Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social virou uma
subchefia da nova pasta.
Lula voltou a justificar a saída de
ministros com mandato parlamentar. E citou nominalmente,
além de Aldo, Eduardo Campos
(Ciência e Tecnologia) e Eunício
Oliveira (Comunicações). "São
três parlamentares que sempre
atuaram bem juntos, e é hora de
voltar para articular a ação de
nossas forças no Congresso. Para
que o Congresso funcione normalmente, independentemente
das CPIs, que faça acontecer as
coisas que têm que acontecer.
Porque, em caso contrário, passa
para a sociedade uma idéia que as
coisas não estão funcionando."
Estavam presentes os ministros
Dilma Rousseff (Casa Civil), Antonio Palocci Filho (Fazenda),
Luiz Dulci (Secretaria Geral), Roberto Rodrigues (Agricultura).
O presidente utilizou da relação
de Aldo desde 2003 para falar dos
"momentos distintos" vividos pelo governo. Segundo Lula, a fase
inicial foi o primeiro ano de governo. "Funcionou bem", disse.
O momento seguinte teria sido
a ida do deputado para a coordenação política. O período atual requer o retorno dos "melhores
quadros" a seus mandatos.
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