São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002 |
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Candidatos apóiam ida ao FMI, mas condenam modelo de FHC
A 47 dias do primeiro turno das eleições, o presidente Fernando Henrique Cardoso conseguiu dos líderes da disputa ao Planalto -Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PPS)- o compromisso de que vão honrar contratos e a principal meta do acordo com o FMI, o superávit primário de 3,75% do PIB. Ao final de conversas em separado com cada um dos quatro principais presidenciáveis, que inauguram uma transição inédita na história do país, ficou claro, porém, que o modelo conduzido por FHC nos últimos nove anos dificilmente resistirá intacto depois de janeiro. As atenções maiores de FHC e equipe estavam voltadas para os candidatos do PT e do PPS. O primeiro, propositivo, levou uma pauta de sugestões ao presidente. O segundo reiterou as críticas ao governo, mas dividiu responsabilidades, atribuindo parte da crise às "incompreensões de setores do mercado internacional". Foi contido no tom e agradou ao Planalto. Candidato oficial, o tucano José Serra repetiu que o acordo não representa sacrifício adicional ao país e dá segurança econômica ao futuro presidente. Aproveitou para pedir providências a FHC sobre assuntos de apelo popular, como preço do pão francês. Anthony Garotinho (PSB) destoou. Lamentou a "trágica necessidade do empréstimo" e acusou uma "tentativa de desmoralizar o processo eleitoral". Texto Anterior: Promotoria pede prisão de coronel da PM Próximo Texto: Presidente diz estar satisfeito com reuniões Índice |
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