São Paulo, terça-feira, 20 de agosto de 2002

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"Estive com o presidente Fernando Henrique Cardoso. Obtive dele um relato sobre a natureza e a extensão da crise financeira que o país está vivendo.
Obtive mais informações do ministro da Fazenda, Pedro Malan, e do presidente do Banco Central, Armínio Fraga, sobre os principais pontos do acordo que se está processando entre o governo brasileiro e o Fundo Monetário Internacional.
E gostaria de, sobre isso, sobre essa conversa, por agora, declarar o seguinte: compreendo que a crise é grave, e a situação do país, delicada. Na minha compreensão, parte dessa crise é responsabilidade de um modelo econômico contra o qual me bato há sete anos. Parte é resultado de incompreensões de setores do mercado internacional sobre as especificidades e potencialidades da economia brasileira.
Nestas circunstâncias compreendo como inevitável a evolução desses entendimentos, não sem lamentar. Afirmei ao presidente aquilo que já tem sido minha prática de vida de ex-ministro, ex-governador, ex-prefeito de uma capital, compromisso que o possível governo meu praticará de austeridade fiscal, no limite que a Lei de Diretrizes Orçamentárias já determinou para o ano que vem, de 3,75% do PIB, estrito cumprimento e respeito aos contratos e compromisso definitivo com a estabilidade da moeda.
Sobre o acordo em si mesmo, eu pedi ao presidente que autorizasse o ministro da Fazenda e o presidente do Banco Central, Pedro Malan e Armínio Fraga, a me repassarem os documentos oficiais. O presidente autorizou, esses documentos ainda estão em fase de conclusão, e, tão logo concluídos, eu me comprometi a estudá-los com urgência e em detalhes, para então expedir uma nota por escrito sobre a minha posição definitiva em relação ao acordo."



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