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Candidatos descumprem promessa
e voltam a trocar acusações na TV
DA REPORTAGEM LOCAL
Depois de afirmarem que suspenderiam os ataques mútuos no
horário eleitoral na TV, os candidatos a prefeito de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) e Paulo
Maluf (PPB) voltaram ontem a
trocar críticas. Anteontem, ambos disseram que retomariam o
discurso da campanha propositiva, o que não foi cumprido na
propaganda dos vereadores.
No programa tucano, os candidatos atacaram Maluf e revidaram as críticas que Alckmin tem
sofrido por ser do mesmo partido
que o presidente Fernando Henrique Cardoso e vice-governador
de Mário Covas.
"Com tantos escândalos, máfias, desmandos e incompetência,
Maluf está tentando agora colocar
a culpa nos governos do Estado e
federal. Mas os problemas são
municipais. O malufismo tem
culpa no cartório sim. Maluf e Pitta precisam ter coragem de assumir esse fracasso e deixar de colocar a culpa nos outros", declarou
no programa o candidato a vereador do PSDB Pierre de Freitas.
Além de Maluf, os tucanos criticaram o PT e Luiza Erundina
(PSB). "Você talvez não lembre,
mas são 12 anos de PT ou Maluf
na prefeitura. E a cidade está como está: pior impossível. Você se
lembra da Erundina prefeita? Ela
mesma reconhece que o PT não a
deixou governar. Era muita reunião, e ninguém decidia nada.
Erundina já teve sua chance", disse Ricardo Montoro (PSDB).
De acordo com Alckmin, não se
trata de ataque. "É constatação.
Nos últimos 12 anos, a cidade se
viu entre o PT e o Maluf. Uma hora votou no PT para derrotar o
Maluf. Na outra, votou no Maluf
para derrotar o PT. Não havia
uma terceira força para sair dessa
bipolarização", afirmou.
Segundo João Câmara, presidente do PSDB municipal, o partido quer "rebater porque só está
apanhando". "Nós vamos responder ao que vier do PT. Vamos
rebater duro. Nosso inimigo histórico é o Maluf, os outros são adversários. Mas, se os adversários
aumentam o tom, nós vamos aumentar o tom no mesmo calibre."
"Ataques covardes"
Paulo Maluf afirmou ontem que
o adversário Geraldo Alckmin faz
ataques "covardes". "Eu não fiz
nenhum ataque. Tudo o que falei
no meu programa é a expressão
da verdade. Quando falei que sou
contra a diminuição de penas para os crimes hediondos, falei pela
minha voz. Eu não fiz os ataques
covardes de Alckmin, que diz ter a
cabeça no lugar. O povo não gosta
de baixaria."
A propaganda eleitoral do PPB,
por sua vez, seguiu na estratégia
de vincular a imagem de Alckmin
ao governo estadual. "Não podemos entregar nossa cidade a Geraldo Alckmin, que, como vice-governador, não teve competência para dar segurança a você e a
sua família", disse o candidato pepebista Mané da Ação.
"Não dá para acreditar num
candidato como Alckmin, vice-governador do Estado, que diz ter
criado o Código de Defesa do
Consumidor, mas construiu dezenas de novos pedágios", declarou Sonia Conte Lopes (PPB).
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