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Maluf compara Alckmin a traficante e o chama de 'Geraldo Maluquinho'
JOÃO CARLOS SILVA
DA REPORTAGEM LOCAL
Paulo Maluf, candidato do PPB
ao governo paulista, endureceu os
ataques a Geraldo Alckmin
(PSDB) ao chamá-lo de "Geraldo
Maluquinho", numa referência
ao apelido de Elias Pereira da Silva, o Elias Maluco, traficante preso ontem no Rio de Janeiro.
O nome foi mencionado por
Maluf quando ele -sem ser
questionado a respeito- resolveu comentar denúncia veiculada
ontem na Folha sobre a convocação de professores para ato pró-Alckmin, atual governador e candidato à reeleição.
Maluf chegou a comparar o episódio de São Paulo ao caso do ex-governador do Piauí Francisco de
Assis de Moraes Souza, o Mão
Santa, que foi cassado em 2001
por abuso de poder na campanha
à reeleição, em 98.
"O uso da máquina do governo,
[do] dinheiro do governo [e do]
dinheiro de vocês me dá, na realidade, um raciocínio: que lá no Rio
prenderam o Elias Maluco. Aqui
em São Paulo, quando o Tribunal
Regional Eleitoral processar o
Alckmin, vão prender o "Geraldo
Maluquinho'", disse Maluf em
entrevista, tirando aplausos de
um grupo de empresários que recebia o pepebista em Mogi das
Cruzes (Grande SP).
Mão Santa
Questionado por jornalistas sobre o motivo da declaração, Maluf
voltou a fazer trocadilhos com o
nome do governador e do traficante: "Lá no Piauí inclusive cassaram um governador eleito, que
era o Mão Santa. Lá no Rio, prenderam o Elias Maluco. Aqui [em
São Paulo] vão prender o Geraldo, que está maluquinho para ser
eleito e não será".
Para Maluf, a denúncia envolvendo professores é sinal de que
"estão usando de maneira absolutamente descarada e criminosa o
dinheiro público na campanha
eleitoral [de Alckmin]", também
chamado ontem pelo pepebista
de "fraco", "frouxo", "bola murcha" e "incompetente".
Hoje, a Apeoesp (Sindicato dos
Professores do Ensino Oficial de
São Paulo) entra com representação no TRE (Tribunal Regional
Eleitoral) para pedir que o órgão
investigue circular da Diretoria de
Ensino Região Leste 2 convidando professores para um encontro
com Alckmin.
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