São Paulo, terça-feira, 20 de setembro de 2005

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IMPEACHMENT

"Claro que o presidente Lula sabia [do "mensalão']". Com essa convicção Gabeira afirmou que o presidente Lula tinha conhecimento da compra de parlamentares dentro do Congresso. Diante dessa certeza, disse ele, já há razões para que o impedimento dele seja colocado em discussão.
O deputado, no entanto, fez uma ressalva. Disse que a abertura de um eventual processo só será possível depois do fim das investigações das CPIs, o que ainda deve levar três ou quatro meses para acontecer. Questionado se a falta de manifestação popular não afetaria uma possível abertura de processo de impeachment do presidente, Gabeira mencionou dois exemplos dos EUA, os de Bill Clinton e Richard Nixon.
Nixon renunciou em 1974 antes que o processo de impeachment fosse aberto pela Câmara em razão do escândalo Watergate. Em dezembro de 1998, a Câmara aprovou a abertura de processo de impeachment contra Clinton, mas o Senado rejeitou sua destituição em fevereiro de 1999. "A questão decisiva não é a manifestação popular, mas é conseguir provar constitucionalmente que o presidente cometeu um crime e deve ser punido", disse Gabeira.
Ele fez questão de destacar o papel que a internet tem na crise. "Hoje as pessoas protestam por e-mail. Isso não tem a mesma eficácia do passado, mas não deixa de ser uma forma de protesto. É uma luta nova, pelo esclarecimento. Só não estamos acostumados a ela."
Além disso, ressaltou que hoje o Parlamentarismo seria uma boa idéia. "Poderíamos, por exemplo, fazer eleições gerais em janeiro."


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