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O MARQUETEIRO
Droga foi achada no apartamento do publicitário em Salvador
PF acha lança-perfume e intima Duda
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM SALVADOR
O publicitário Duda Mendonça
foi intimado pela Polícia Federal
da Bahia para explicar a existência
de quatro ampolas de lança-perfume encontradas em seu apartamento por agentes da PF no último dia 5, durante uma ação de
busca e apreensão, em Salvador.
O depoimento de Duda à PF deveria ter ocorrido ontem, mas o
publicitário, por meio de seu advogado Hélio Sérgio Santana, informou que tinha um compromisso em São Paulo e não poderia
viajar à capital baiana.
Atendendo a uma determinação do STF (Supremo Tribunal
Federal), 12 agentes da PF vasculharam o apartamento, o escritório e um sítio do publicitário na
Bahia, no dia 5. De acordo com a
PF, a ação dos agentes tinha como
objetivo apreender documentos,
computadores, livros contábeis,
agendas extratos bancários que
estivessem relacionados com as
investigações do "mensalão".
Marqueteiro responsável por
diversas campanhas eleitorais do
PT, Duda admitiu, em depoimento na CPI dos Correios, ter recebido R$ 10,5 milhões que o partido
lhe devia -por meio do empresário Marcos Valério de Souza-
numa conta aberta nas Bahamas.
Além de toda a documentação
apreendida no apartamento do
publicitário, os agentes também
encontraram quatro frascos de
lança-perfume. Em nota oficial,
divulgada ontem, a PF disse que
realizou exame pericial nos frascos e constatou a presença de cloreto de etila (lança-perfume).
Duda Mendonça foi notificado
sobre o conteúdo dos frascos na
semana passada, quando prestou
depoimento à Polícia Federal e
confirmou as suas declarações
prestadas à CPI dos Correios.
Ontem pela manhã, o advogado
Hélio Santana alegou estar resolvendo "problemas pessoais" e
saiu pelos fundos do prédio na PF
de Salvador, sem se pronunciar.
Ele também não atendeu aos telefonemas da reportagem.
O delegado José Orlando Azevedo, por meio da assessoria da PF,
informou que Duda deverá ser intimado novamente para depor no
próximo mês -a data ainda não
foi definida.
A Folha tentou falar com o publicitário, mas funcionários da
Duda Propaganda, sua agência,
disseram que ele não poderia
atender. O advogado de Duda em
São Paulo, Tales Castelo Branco,
disse que não iria se manifestar
por não representá-lo nesse caso.
Colaborou EDUARDO DE OLIVEIRA, da Agência Folha
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