São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2001

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OUTRO LADO

Advogado diz que Sales foi vítima de "perseguição"

DA REPORTAGEM LOCAL

Marcelo Leonardo, presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) em Minas Gerais, defensor de Almir Sales, diz que o seu cliente foi vítima de perseguição política.
Leonardo diz que a Setembro Propaganda foi "estigmatizada": "Houve uma nítida perseguição à agência, como desdobramento do impeachment do presidente Fernando Collor."
"Durante três anos, 24 horas por dia, os fiscais da Receita Federal devassaram a contabilidade da Setembro, mas a Justiça reconheceu que a maioria dos fatos apontados não era procedente", diz o advogado.
"A denúncia tinha mais de 50 itens. Apenas seis foram considerados como provados", diz.
"A dosagem da pena está incorreta. A denúncia afirmava que teria havido uma lesão de grande magnitude, mas os seis casos considerados pelo juiz referem-se a notas fiscais de pequeno valor".
"As agências usam serviços prestados por free-lancers. Em muitos casos, são profissionais que não têm uma escrita contábil regular", diz.
Segundo Leonardo, essas empresas [prestadoras de serviços" é que deveriam ser responsabilizadas. "A alegação de fraude está baseada em informações obtidas através da quebra ilícita de sigilo bancário", diz o advogado de Sales.
Ele diz que o processo deveria ter sido suspenso porque a Setembro havia aderido ao Refis (Programa de Recuperação Fiscal, que permite pagar débitos a partir de percentuais sobre o faturamento.
Leonardo também defende Eliú Neres, gerente da agência. Procurado pela Folha, Sales não quis falar. (FV)



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