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Pastor da Universal no Sul é suspeito de ter furtado e queimado peças religiosas
Claudio Gottfried/"Zero Hora"
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Imagem de santo talhada em madeira que foi furtada e queimada na cidade de São Borja (RS) |
DA AGÊNCIA FOLHA
Um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus é suspeito de ter furtado e queimado, em São Borja (RS), duas
peças religiosas cadastradas
no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico
Nacional). O Ministério Público Estadual e a Polícia Federal investigam o caso. O
pastor Fábio Pereira nega.
Segundo o promotor Érico
Fernando Barin, as duas imagens (de São Pedro e do Senhor Morto) faziam parte do
acervo da família Chagas, tradicional na cidade. Eram esculturas talhadas em madeira
com vestígios de policromia,
de autoria desconhecida, do
século 17 ou 18.
O sumiço foi notado, segundo Barin, quando a família decidiu, após a morte de
um dos membros em julho,
doar obras a um museu da cidade. Segundo o promotor, o
pastor visitava o doente.
"O sumiço só foi notado
quando começou a ser feito o
inventário. A família ligou os
dois fatos, pois o pastor andava freqüentando a casa e até
dizendo que os males do familiar tinha relação com a
presença das peças."
Segundo ele, há a suspeita
de o pastor ter queimado as
imagens durante um culto.
Um mandado de busca e
apreensão foi cumprido na
casa dele, mas as peças não foram encontradas. "Havia apenas restos, que podem ser de
uma das imagens", diz Barin.
O processo corre na 3ª Vara
Cível de São Borja. Pereira já
contestou a ação. Segundo
Barin, ele disse que não havia
prova incontestável de que as
peças eram as da família Chagas. A reportagem não conseguiu falar com Pereira nem
com seu advogado ontem.
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