São Paulo, sábado, 20 de outubro de 2007

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Pastor da Universal no Sul é suspeito de ter furtado e queimado peças religiosas

Claudio Gottfried/"Zero Hora"
Imagem de santo talhada em madeira que foi furtada e queimada na cidade de São Borja (RS)


DA AGÊNCIA FOLHA

Um pastor da Igreja Universal do Reino de Deus é suspeito de ter furtado e queimado, em São Borja (RS), duas peças religiosas cadastradas no Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional). O Ministério Público Estadual e a Polícia Federal investigam o caso. O pastor Fábio Pereira nega.
Segundo o promotor Érico Fernando Barin, as duas imagens (de São Pedro e do Senhor Morto) faziam parte do acervo da família Chagas, tradicional na cidade. Eram esculturas talhadas em madeira com vestígios de policromia, de autoria desconhecida, do século 17 ou 18.
O sumiço foi notado, segundo Barin, quando a família decidiu, após a morte de um dos membros em julho, doar obras a um museu da cidade. Segundo o promotor, o pastor visitava o doente.
"O sumiço só foi notado quando começou a ser feito o inventário. A família ligou os dois fatos, pois o pastor andava freqüentando a casa e até dizendo que os males do familiar tinha relação com a presença das peças."
Segundo ele, há a suspeita de o pastor ter queimado as imagens durante um culto. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele, mas as peças não foram encontradas. "Havia apenas restos, que podem ser de uma das imagens", diz Barin.
O processo corre na 3ª Vara Cível de São Borja. Pereira já contestou a ação. Segundo Barin, ele disse que não havia prova incontestável de que as peças eram as da família Chagas. A reportagem não conseguiu falar com Pereira nem com seu advogado ontem.


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