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Painel
RENATA LO PRETE - painel@uol.com.br
Maracujina
Enquanto Paulo Bernardo (Planejamento) repete
que, em resposta ao fim da CPMF, será inevitável cortar sem dó as emendas ao Orçamento de 2008, José
Múcio (Relações Institucionais) faz sua parte tentando acalmar os parlamentares. Para dourar a pílula que
virá no ano que vem, o ministro disse aos líderes partidários que, nos próximos dez dias, o governo pretende acelerar a liberação de emendas ao Orçamento de
2007, principalmente nas áreas de Saúde e Cidades.
Ontem foi dia de congestionamento no quarto andar do Palácio do Planalto, onde fica o gabinete de
Múcio. Deputados fizeram fila, literalmente, para implorar ao ministro por suas emendas.
Eu voltei. Ex-deputados
cujas emendas de anos anteriores ainda estão pendentes
também se mexem. "Estou
atrás do que foi prometido",
diz João Grandão (PT-MS),
que ontem circulava pela Câmara. João Caldas (PR-AL)
foi outro que deu plantão.
"Tranqüilis". Assim como
José Múcio, Lula cuida de
acalmar sua base no Congresso. Em jantar com líderes anteontem, o presidente insistiu
em dizer que o governo agirá
com "toda a calma" na definição dos cortes destinados a
cobrir o rombo de R$ 38 bi
deixado pelo fim da CPMF.
Pois é... Pelo menos um
aliado já ouviu Lula admitir,
em privado, que algum corte
no PAC terá de ser feito em razão dos R$ 38 bi perdidos.
Quando Guido Mantega disse
o mesmo, o mundo caiu.
Tudo pela base. "Astro
especialmente convidado" no
jantar de fim de ano dos senadores da oposição, o presidente da Casa, Garibaldi Alves
(PMDB), passou boa parte da
festa ao celular, em contato
com políticos no Rio Grande
do Norte. Tentava uma solução para o afastamento, determinado pela Justiça, do
prefeito de Areia Branca.
Siesta. É tamanho o clima
de ano encerrado na Câmara
que, ontem, a sessão vespertina foi iniciada somente às
14h50. Às 14h -horário habitual-, enquanto turistas ainda visitavam o plenário, assessores corriam em busca de alguém para abrir os trabalhos.
Contra-ataque. Ney Suassuna (PMDB-PB) iniciou a semana chamando religiosos de
Estados pró-transposição do
rio São Francisco para que se
posicionassem contra a greve
de fome de d. Cappio. "Já recebi a adesão de dois pastores
evangélicos", dizia o ex-senador antes de saber do fim do
protesto do bispo de Barra.
Com que roupa? Defensor do bispo de Barra, o ator
Osmar Prado foi avisado ontem pela direção da Câmara
que não poderia entrar no
plenário sem paletó -que teve de ser arrumado às pressas.
Minutos antes, estivera no Senado apenas de camisa.
Intervalo 1. A TV Brasil tirou do ar propaganda da nova
marca corporativa da Vale do
Rio Doce. A peça teria contrariado promessa do governo de
que não haveria publicidade
na programação da emissora.
Intervalo 2. "Decidimos
retirar enquanto houver dúvida sobre o que é propaganda
institucional", diz a presidente da emissora, Tereza Cruvinel, citando o único tipo de
peça permitida na nova TV.
Barafunda. Os deputados
Geraldo Magela, federal, e
Chico Vigilante, distrital, quase saíram no tapa ontem no
julgamento de recursos da
eleição do PT no DF. Assim
como na Bahia, o novo comando local da sigla só será
conhecido após nova reunião
da direção, no final de janeiro.
Cartão vermelho. A bancada do PSDB na Câmara
paulistana entra hoje com pedido de expulsão de Gilson
Barreto, que atropelou decisão dos tucanos para garantir
sua vaga na Mesa da Casa. Se
defenestrado, o vereador não
poderá se reeleger em 2008.
Tiroteio
"Eu nunca soube que dar piti era estratégia de
defesa. Se o Paulo Rocha se descontrolou, é
porque a barra dele está mesmo pesando."
Do deputado LUIZ CARLOS HAULY (PSDB-PR), comentando
o bate-boca do deputado petista com a juíza que tomava
seu depoimento no inquérito do mensalão.
Contraponto
Made in Goiás
Senadores da oposição reuniram-se anteontem para
uma confraternização de fim de ano no apartamento de
Kátia Abreu (DEM-TO). A trilha sonora ficou por conta
de uma banda formada por policiais militares, que tocava
clássicos brasileiros como "Carinhoso".
-Quem trouxe os músicos?-, quis saber o presidente
dos "demos", deputado Rodrigo Maia (RJ).
O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), que já havia
chamado o grupo para animar festas anteriores, explicou:
-Eles são conhecidos meus de longa data. São assim
uma espécie de versão goiana do Police!
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