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OUTRO LADO
Acusados negam conhecer contas e empresas
DA REPORTAGEM LOCAL
Todas as pessoas acusadas de
terem enviado dinheiro ao exterior ou recebido os recursos
por meio de contas CC-5 disseram desconhecer as empresas e
as contas que transportaram o
dinheiro.
O ex-prefeito paulistano Celso Pitta disse ontem, por meio
de sua assessoria, que não conhece e nunca ouviu falar da
empresa Yukon River Ltd.
Pitta afirma que nunca teve
conta bancária no exterior e
que todas as suas contas estão
declaradas à Receita Federal e
já foram exaustivamente investigadas, sem que se encontrassem irregularidades.
Naji Nahas não foi encontrado pela Folha. Sua secretária
informou que ele está na Europa. Em 2000, Nahas enviou
uma carta ao jornal na qual
afirmou que não tem conta em
nenhuma empresa das Ilhas
Virgens Britânicas.
A assessoria de imprensa do
ex-prefeito Paulo Maluf informou que ele nunca teve conta
bancária no exterior, que ele foi
prefeito de São Paulo apenas
até dezembro de 1996, que as
contas da administração Maluf
foram aprovadas pelo Tribunal
de Contas do Município "com
louvor" e que não existe nenhuma condenação de Maluf
na Justiça criminal.
O advogado Ricardo Tosto,
que representa Maluf, disse
que o ex-prefeito processa Simeão Damasceno de Oliveira
"por causa de suas calúnias".
Por meio de sua assessoria de
imprensa, a Mendes Júnior informou que "não tem conhecimento de nenhuma conta com
esse estranho nome".
A empresa diz que sempre
que remeteu recursos ao exterior, "com o único objetivo de
pagar as despesas de suas atividades internacionais, agiu rigorosamente dentro da lei,
com toda a transparência". Diz
que "jamais enviou recursos
nesse volume, seja nos anos citados, seja em qualquer época".
O advogado Luiz Guilherme
Moreira Porto, que representa
a Atlas DTVM, disse que o caso
já foi analisado pelo Poder Judiciário e que a Justiça indeferiu uma petição inicial feita pelo Ministério Público estadual.
"Todas as atividades da Atlas
são feitas em obediência ao ordenamento jurídico", disse.
O ex-governador Fleury Filho disse que não tem "nada a
ver" com a Almatos e que nunca tinha ouvido falar na empresa. Ele nega com veemência que seja sócio oculto da Atlas e
diz que nunca teve nem tem
conta no exterior. Ele disse que
Hilário Sestini, responsável pelo depoimento que o acusa de
ser sócio oculto da Atlas, "é um
merda". (RC)
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