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São Paulo, sexta-feira, 21 de fevereiro de 2003

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OUTRO LADO

Acusados negam conhecer contas e empresas

DA REPORTAGEM LOCAL

Todas as pessoas acusadas de terem enviado dinheiro ao exterior ou recebido os recursos por meio de contas CC-5 disseram desconhecer as empresas e as contas que transportaram o dinheiro.
O ex-prefeito paulistano Celso Pitta disse ontem, por meio de sua assessoria, que não conhece e nunca ouviu falar da empresa Yukon River Ltd.
Pitta afirma que nunca teve conta bancária no exterior e que todas as suas contas estão declaradas à Receita Federal e já foram exaustivamente investigadas, sem que se encontrassem irregularidades.
Naji Nahas não foi encontrado pela Folha. Sua secretária informou que ele está na Europa. Em 2000, Nahas enviou uma carta ao jornal na qual afirmou que não tem conta em nenhuma empresa das Ilhas Virgens Britânicas.
A assessoria de imprensa do ex-prefeito Paulo Maluf informou que ele nunca teve conta bancária no exterior, que ele foi prefeito de São Paulo apenas até dezembro de 1996, que as contas da administração Maluf foram aprovadas pelo Tribunal de Contas do Município "com louvor" e que não existe nenhuma condenação de Maluf na Justiça criminal.
O advogado Ricardo Tosto, que representa Maluf, disse que o ex-prefeito processa Simeão Damasceno de Oliveira "por causa de suas calúnias".
Por meio de sua assessoria de imprensa, a Mendes Júnior informou que "não tem conhecimento de nenhuma conta com esse estranho nome".
A empresa diz que sempre que remeteu recursos ao exterior, "com o único objetivo de pagar as despesas de suas atividades internacionais, agiu rigorosamente dentro da lei, com toda a transparência". Diz que "jamais enviou recursos nesse volume, seja nos anos citados, seja em qualquer época".
O advogado Luiz Guilherme Moreira Porto, que representa a Atlas DTVM, disse que o caso já foi analisado pelo Poder Judiciário e que a Justiça indeferiu uma petição inicial feita pelo Ministério Público estadual. "Todas as atividades da Atlas são feitas em obediência ao ordenamento jurídico", disse.
O ex-governador Fleury Filho disse que não tem "nada a ver" com a Almatos e que nunca tinha ouvido falar na empresa. Ele nega com veemência que seja sócio oculto da Atlas e diz que nunca teve nem tem conta no exterior. Ele disse que Hilário Sestini, responsável pelo depoimento que o acusa de ser sócio oculto da Atlas, "é um merda". (RC)


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