São Paulo, quarta-feira, 21 de fevereiro de 2007
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Painel RENATA LO PRETE painel@uol.com.br Dividir para reinar
O loteamento dos cargos da comissão do PAC, que
destinou a parte do leão ao consórcio PT-PMDB e
agrados à oposição tucano-pefelista, foi só o começo.
No que depender de Arlindo Chinaglia, o "bloquinho"
(PSB-PDT-PC do B), esteio da candidatura derrotada
de Aldo Rebelo, passará a pão e água. Trata-se menos
de vingança que de cálculo. Reconduzido à presidência da Câmara, o PT não tem interesse em dar oxigênio a um aglomerado parlamentar que já se anuncia
como veículo da candidatura de Ciro Gomes (PSB)
-fadada a embolar o campo governista em 2010. Como não convém desprezar os votos desses três partidos, a ordem é atraí-los individualmente com favores
do governo, enfraquecendo-os como bloco. Não gostei. Albuquerque andava reclamando de "saber pela imprensa" da alegada predileção de Lula por Múcio. Destino favorito. Lula, que já foi a Pernambuco neste ano, voltará em março, para assistir à Paixão de Cristo em Nova Jerusalém, e pensa em esticar até Fernando de Noronha. Retornará no primeiro semestre para lançar obras no complexo portuário de Suape. Ovelha negra. José Eduardo Cardozo (PT-SP) pediu o desarquivamento de uma emenda constitucional de sua autoria que reduz o número de assinaturas necessárias para projetos de iniciativa popular -como o da anistia de José Dirceu. Nem assim os simpatizantes do ex-ministro na bancada deixarão Cardozo presidir o Conselho de Ética.
Tremei. Recém-nomeado
para presidir o grupo de consolidação das leis da Câmara,
Cândido Vaccarezza (PT-SP)
verificou que seu antecessor,
Bonifácio Andrada, nomeou
uma aliada para um gordo
cargo de confiança pouco antes de deixar o posto. "Vou
exonerar", promete o novato. Novo rumo. O ex-senador Jorge Bornhausen, presidente do PD, voltará a trabalhar na Brasif, rede de lojas dutyfree que opera nos aeroportos com vôos internacionais. DNA 1. "Não há acordos no plano nacional. Há a realidade no plano do município, onde a vida política é difícil." Assim falava Juracy Magalhães, presidente da UDN nos anos 50, para justificar seus acordos com o PSD e o PTB na Bahia. A explicação está no livro "O governo Kubitschek", de Maria Victória Benevides. DNA 2. O deputado Jutahy Júnior, neto de Juracy, levou o PSDB a apoiar o PT na Bahia e foi um dos articuladores do embarque tucano na candidatura do petista Arlindo Chinaglia à presidência da Câmara. Mea culpa 1. Em seu livro de memórias, Hélio Bicudo se diz arrependido por não haver aprofundado, em 1997, as investigações sobre negócios entre prefeituras do PT e a CPEM, empresa de Roberto Teixeira, compadre do presidente. "Havia o risco de ser detectado o envolvimento de Lula", escreve.
Mea culpa 2. Bicudo revela no livro que Luiza Erundina, quando foi prefeita de
São Paulo, não contratou a
CPEM, apesar da insistência
de Lula, uma iniciativa considerada "suspeita" por ela. Se a
denúncia tivesse sido apurada
a fundo, talvez não houvesse o
mensalão em 2005, lamenta. Do deputado estadual ENIO TATTO (PT-SP) em resposta ao governador Jaques Wagner (PT-BA), segundo quem Lula "não morre de amores pela Marta, não morre de amores pelo PT de São Paulo e não morreu de amores pela eleição do Arlindo Chinaglia na Câmara". Contraponto Incógnito
O presidente da Infraero, brigadeiro José Carlos Pereira, viajava de avião comercial recentemente quando o comandante anunciou, pelo sistema de som, que seria necessário esperar autorização para pousar. De quebra, criticou a situação vigente nos aeroportos, brincando: |
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