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Cresce número de sem-terra em invasões em SP, diz PM
Ao menos 7 fazendas invadidas desde domingo teriam recebido mais acampados
Líder de sem-terra, José
Rainha Jr. afirma que irá
pedir audiência com Serra
para propor um "pacto"
com o governo do Estado
CRISTIANO MACHADO
COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA,
EM PRESIDENTE PRUDENTE
A Polícia Militar detectou a
chegada de mais sem-terra em
áreas invadidas no oeste de São
Paulo desde domingo, quando
uma parte do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais
Sem Terra), dirigida por José
Rainha Jr., e agricultores ligados a sindicatos controlados
pela CUT (Central Única dos
Trabalhadores) deram início a
uma onda de invasões.
Até o final da tarde de anteontem, os grupos promoveram 13 invasões de fazendas no
Pontal do Paranapanema e Alta
Paulista. Segundo MST e CUT,
o objetivo é cobrar agilidade na
reforma agrária no Estado.
Segundo plantonistas da PM,
os sem-terra engrossaram as
invasões em ao menos 7 das 13
áreas. Em cinco, o número de
acampados subiu de cerca de
200 para cerca de 350.
Organizadores das ações dizem que foram mobilizadas
cerca de 2.000 pessoas. A PM
não confirma. As fazendas onde o número de sem-terra subiu foram a Santo Antônio, em
Piquerobi; Pederneiras e Santa
Tereza, em Presidente Venceslau; e Iaras, e Nossa Senhora
Aparecida, em Euclides da Cunha Paulista. Em duas, a PM
não soube fazer estimativas.
A corporação monitora as
áreas invadidas com um grupo
de inteligência, com homens
sem uniforme e carros descaracterizados. A finalidade é
identificar os invasores. Outro
grupo, uniformizado, faz a patrulha para prevenir conflitos.
A partir de hoje, quando termina o recesso nos fóruns, advogados de fazendeiros vão ingressar com pedidos de liminar
de reintegração de posse.
Rainha Jr. disse que vai pedir
hoje audiência com o governador José Serra (PSDB), o secretário da Justiça, Luiz Antonio
Marrey, e o diretor-executivo
do Itesp (Instituto de Terras do
Estado de São Paulo), Gustavo
Ungaro. Ele disse que irá propor um "pacto" ao governo para
suspender as invasões em troca
da criação de assentamentos.
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