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REUNIÃO MINISTERIAL
Presidente exige agenda social organizada como as obras do PAC
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Em uma reunião de cerca
de cinco horas ontem com os
17 ministros da área social, o
presidente Luiz Inácio Lula
da Silva cobrou resultados e
a necessidade de unir os programas. Segundo ele, é preciso que a população perceba
que a atuação social do governo não se limita ao Bolsa
Família, programa de transferência de renda que atualmente atende cerca de 11 milhões de famílias no país.
Lula quer que os programas sociais tenham o nível
de organização que, para ele,
a ministra Dilma Rousseff
(Casa Civil) deu aos projetos
de infraestrutura por meio
do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento).
No ano passado, em reunião nos moldes da ocorrida
ontem, o presidente mencionou a importância que, entre
os titulares das pastas sociais, surgisse uma espécie
de coordenador dos programas dessa área.
Na ocasião, três ministros
surgiram como opções: Luiz
Dulci (Secretaria Geral), Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Fernando
Haddad (Educação). Mas,
como esse gerente não apareceu, Lula assumiu ontem a
gerência e avisou aos ministros que a partir de março fará reuniões periódicas e individuais com cada pasta para
ver o andamento dos programas e cobrar resultados.
A um ano e dez meses do
fim do mandato, o presidente quer agilizar os programas
sociais e organizá-los de forma a impedir eventuais críticas de que as medidas são assistencialistas.
Para isso, o primeiro passo
será unir os programas para,
em seguida, mostrar seu impacto na área econômica, como o aquecimento do mercado interno por causa do Bolsa Família, crédito consignado a aposentados e aumento
real do salário mínimo.
Outra prioridade do presidente para 2009 e 2010 é o
processo de regularização
fundiária na Amazônia, sob a
responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento
Agrário. A meta, segundo
medida provisória divulgada
na semana passada, é regularizar a posse de 296,8 mil
áreas, em 436 municípios da
Amazônia.
Sobre Bolsa Família, a única mudança prevista para este ano na reunião, por ora, é a
ampliação em 1,3 milhão do
número de famílias atendidas, além do limite de renda,
de R$ 120 para R$ 137 mensais por pessoa.
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