da Reportagem Local

Uma decisão estratégica pode levar o prefeito Celso Pitta (PTN) a passar a apoiar a aprovação de uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) na Câmara de São Paulo e a defender que os vereadores que o apoiam votem favoravelmente à investigação.
Se a CPI for aprovada, vereadores terão 90 dias, prorrogáveis por igual período, para apurar acusações da ex-primeira-dama Nicéa Pitta contra o prefeito e seus secretários.
A estratégia está sendo discutida entre vereadores governistas e o Executivo. Oficialmente, o prefeito ainda não se posicionou a favor ou contra a CPI.
Mas pode fazê-lo porque, entre ser investigado por uma CPI -investigação ampla- ou por uma comissão processante - procedimento que envolve denúncia específica contra o prefeito-, Pitta prefere a primeira opção.
A preferência leva em conta aspectos positivos que a decisão pode render ao prefeito. O principal ponto é que, ao defender a CPI, Pitta fica habilitado a garantir que não tem envolvimento com as denúncias, tanto que não teme a apuração.
Os outros pontos são ganhar tempo e ter maioria governista na CPI, aspectos não garantidos na eventual aprovação de uma comissão processante.

Receio governista
Dessa estratégia, a única questão a resolver é o receio de vereadores governistas de serem investigados pela CPI.
É esse o objetivo da oposição, que apresentou o pedido de criação de uma CPI desde a semana passada. A proposta não foi colocada em votação porque a oposição não tem os 28 votos necessários para aprová-la.
Os vereadores da base de apoio ao prefeito estão acertando uma tática de rejeitar a CPI da oposição e apresentar um outro pedido, em caráter de emergência.
O principal objetivo dessa manobra é garantir a presidência e a relatoria da CPI.
Alguns vereadores que apoiam o prefeito Celso Pitta dizem que se a oposição quiser fazer uma caça às bruxas, envolvendo membros da situação na investigação, eles irão investigar também vereadores da oposição.


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