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RUMO A 2002
Governador do Ceará afirma, pela primeira vez, que não apoiaria Ciro
Tasso diz que Serra teria seu apoio se fosse candidato
FÁBIO GUIBU
DA AGÊNCIA FOLHA, EM RECIFE
O governador do Ceará, Tasso
Jereissati (PSDB), disse ontem
que apoiaria a candidatura do ministro José Serra (Saúde) à Presidência em 2002 e que, por ser ""homem de partido", não sustentaria
o amigo Ciro Gomes (PPS) na
corrida pelo Planalto.
A declaração foi dada um dia
depois de Tasso ironizar a presença de Serra em palanques do Nordeste com o presidente Fernando
Henrique Cardoso. ""Eu não queria estar em palanques. Quero é
estar governando meu Estado",
disse anteontem. O tom mudou
ontem: "Sou um homem de partido. Se (o candidato escolhido) for
Serra, apóio Serra".
Em relação a Ciro, seu afilhado
político, Tasso disse que não o
apoiaria, apesar da amizade que
nutre pelo presidenciável. ""Sou
homem de partido", repetiu.
É a primeira vez que Tasso fala
publicamente que não apoiaria
Ciro. Especula-se que o governador, afastado do jogo sucessório
no PSDB, poderia aproximar-se
do amigo do PPS. Com a declaração de ontem, os sinais se embaralham novamente.
O tucano elogiou Serra, com
quem afirmou manter "excelentes relações". Mas disse que acha
"qualquer nome, qualquer campanha, nesse momento extremamente negativa para o governo federal e para o país".
Sobre a eventual participação
do governador de Pernambuco,
Jarbas Vasconcelos (PMDB), como candidato a vice do ministro,
Tasso disse que a dupla forma
"uma grande chapa".
"O governador Jarbas é um
companheiro leal, um homem
público do maior valor, um dos
melhores governadores que eu
conheço, então só posso ter admiração por essa chapa", afirmou.
"Não estou sugerindo, mas ele
(Jarbas) tem nível e condições políticas e morais para ser até candidato a presidente."
Sobre uma eventual chapa formada pelos governadores de São
Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB),
e do Maranhão, Roseana Sarney
(PFL), a opinião não foi a mesma.
"Você está raciocinando sobre hipóteses", disse. "São todos nomes
importantes, mas é difícil falar sobre hipóteses."
Tasso falou também sobre o raciocínio de que sua candidatura
perdeu força com a morte do governador paulista, Mário Covas,
que a havia lançado. "Evidentemente, no momento em que uma
pessoa do peso de Covas fala no
meu nome, essa questão da candidatura toma uma proporção.
Com o seu falecimento, ninguém
será candidato de si mesmo."
A eventual participação de Jarbas como candidato a vice de Serra também teve apoio dos governadores do PMDB José Maranhão (Paraíba), e Garibaldi Alves
(Rio Grande do Norte).
Já o governador da Bahia, César
Borges (PFL), afirmou que seu
candidato a presidente é o senador Antonio Carlos Magalhães
(PFL-BA). Segundo Borges, o governo federal "trabalha hoje deliberadamente pela candidatura de
Serra em detrimento de outros
nomes de alto nível do PSDB, do
PMDB e do PFL".
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