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Evento marcará expansão de programa
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Dez dias após uma portaria do
Ministério da Saúde ter regulamentado a expansão à rede privada do Farmácia Popular, o governo decidiu organizar um evento
no Palácio do Planalto para divulgar a medida como mais um item
do "pacote de bondades" do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A decisão de ampliar o programa já havia sido tomada um mês
atrás. Além disso, no último dia
10, uma portaria publicada no
"Diário Oficial" da União e assinada pelo ministro Saraiva Felipe
detalhou as normas de como irão
funcionar as parcerias do programa com as principais redes de farmácias e drogarias do país.
Ontem, em reunião pela manhã, Lula e os ministros que integram a coordenação política decidiram organizar uma solenidade
específica para o anúncio da expansão do programa, que ocorre
nesta quinta no Planalto.
O Farmácia Popular será um
dos itens usados pelo PT na campanha, que pode ter Lula como
candidato à reeleição, apesar de o
presidente ainda não ter assumido que concorrerá. O programa,
que somente emplacou um ano e
meio após a posse de Lula, foi
uma das promessas em 2002.
O atraso na implantação do
programa se deveu, em parte, a
resistências dentro do ministério,
à época sob o comando de Humberto Costa. As primeiras unidades começaram a ser implantadas
em junho de 2004, por ordem de
Lula. Pelo programa, o governo
vende remédios a baixo custo,
produzidos principalmente por
laboratórios oficiais. O gasto
anual é de cerca de R$ 72 milhões.
A intenção é criar até o fim do
ano 2.000 balcões do Farmácia
Popular em estabelecimentos
particulares no país. A portaria
publicada pela Saúde prevê, nesta
etapa, descontos de até 90% (calculados a partir do valor de referência) para cerca de 200 medicamentos destinados a pacientes
com diabetes e hipertensão.
As farmácias que aderirem deverão exibir adesivos externos,
móbiles ou banners de identificação, fornecidos pelo ministério.
Charuto gigante
Afirmando ter perdido mercado no exterior depois da queda do
dólar, o empresário baiano André
Dias, 65, quer aproveitar a viagem
de Lula ao Estado para impulsionar a venda dos 20 mil charutos
que fabrica por mês em Cruz das
Almas (142 km de Salvador). Dias
pretende entregar hoje a Lula um
charuto de 2 metros e 30 cm de
diâmetro, durante a visita que Lula fará à cidade para lançar a Universidade Federal do Recôncavo.
Dias, que há quase dois anos
criou o "Dom Lula"-marca em
homenagem a Lula-, disse que
gastou cerca de 30 mil folhas de
fumo para fabricar o presente.
Dias justificou o nome da linha
de charutos segundo uma lenda
do Recôncavo Baiano. "Dom Luiz
era um fantasma namorador, virava e mexia era apontado como o
responsável pela gravidez de algumas mulheres charuteiras. Pouco
tempo depois [de Lula ser eleito],
as pessoas passaram a chamar o
fantasma de Dom Lula."
(EDUARDO SCOLESE E LUCIANA CONSTANTINO)
Colaborou LUIZ FRANCISCO, da
Agência Folha, em Salvador
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