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CONTAS PÚBLICAS
Governadores do PMDB querem negociar dívida
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA
Cinco governadores do PMDB
ameaçam acionar o governo federal no STF (Supremo Tribunal Federal), caso não sejam atendidos
na proposta de alteração da base
de cálculo do pagamento da dívida dos Estados à União. Eles se
queixam de dificuldades financeiras e propõem a mudança de conceitos para ganhar fôlego de caixa.
A revisão do "conceito de receita líquida real" é o primeiro item
de uma relação de quatro exigências que os governadores Roberto
Requião (PR), Germano Rigotto
(RS), Luiz Henrique da Silveira
(SC), Rosinha Garotinho (RJ) e
Jarbas Vasconcelos (PE) encaminharam ontem ao presidente.
Receita líquida é o dinheiro que
sobra em caixa depois de pagos
todos os compromissos do mês.
Um acordo no governo FHC definiu que cada Estado repassaria
13% da receita líquida para amortizar sua dívida com a União.
Em uma carta ao presidente,
eles pedem também a correção
imediata do fundo de compensação a Estados exportadores para
incentivos da Lei Kandir, a aplicação imediata de R$ 2 bilhões no
fundo de desenvolvimento do semi-árido nordestino e investimentos em habitação, saúde, saneamento básico e infra-estrutura. As propostas foram feitas em
uma reunião ontem, em Curitiba.
"Não estamos dando prazo ao
governo federal, mas queremos
saber o que é receita líquida e, caso o governo não responda, iremos ao STF questionar", disse
Rosinha. A queixa dos governadores é que parte das verbas federais liberadas para investimentos
em educação, saúde e combate à
pobreza acaba voltando ao governo federal no pagamento da dívida do Estado.
(MARI TORTATO)
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