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Sobrevivente diz que índio liberou entrada
DA AGÊNCIA FOLHA, EM
ESPIGÃO D'OESTE (RO)
Um dos sobreviventes do massacre dos garimpeiros em Rondônia, Antônio Rosa, 48, disse ontem que os garimpeiros tinham
autorização de um grupo de índios cinta-larga para entrar na
terra indígena Roosevelt, desde
que não fossem ao garimpo principal, chamado Baixão do Laje.
O ataque ao grupo de 150 garimpeiros ocorreu depois de terem explorado por pelo menos
dez dias diamantes em um local
conhecido como Grotinha.
Segundo ele, os índios atacaram, por volta de 11h, atirando
com espingardas calibre 12, revólveres e pistolas. Três homens
morreram no local, e 26 foram
amarrados, levados para uma
área a 2 km dali e assassinados.
Polícia Federal e garimpeiros
confirmam a versão. Segundo PF,
Funai e garimpeiros, os 29 mortos
teriam sido mortos por índios
contrários à extração de diamantes. Parte dos guerreiros veio da
aldeia dos cinta-larga em Juína
(MT) para o massacre dos garimpeiros, disse ontem o delegado federal Mauro Sposito, que investiga as mortes.
Coordenador da Funai em Rondônia e acusado pelo governador
Ivo Cassol (PSDB) de envolvimento no massacre, Walter Blós
disse ontem que rompeu o "elo"
entre índios e financiadores do
garimpo e devolveu a acusação:
Cassol estaria tentando explorar a
extração de diamantes da reserva
indígena. O governador disse que
Blós está enganado.
(HC)
Colaborou o enviado especial a Porto Velho
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