São Paulo, sexta-feira, 21 de abril de 2006
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"ALBA" Venezuelano defende acordo para integrar nações das Américas Chávez propõe alternativa à Alca
DA AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA COLABORAÇÃO PARA A AGÊNCIA FOLHA, EM CURITIBA O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, voltou a criticar ontem, em Curitiba, a Alca (Área de Livre Comércio das Américas) e propôs como alternativa a Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), em que o contraponto seria a integração de nações, e não de mercados. Chávez, em discursos praticamente idênticos para platéias distintas em Curitiba -reunião de empresários brasileiros e venezuelanos no Palácio Iguaçu, sede do governo do Paraná, e no teatro Guaíra, para trabalhadores sem-terra, estudantes e sindicalistas-, afirmou que a Alca morreu em Mar del Plata (Argentina), em reunião no início do ano. "Que descanse em paz." Segundo Chávez, a Alca era o projeto colonialista "mais acabado para as Américas em toda sua história". Para ele, a Alba visaria evitar que os interesses de uma corporação se sobreponham aos de um país. A proposta é uma aliança entre países. Ontem, foi encerrada a segunda rodada de negociações entre o Paraná e departamentos (equivalente a Estado) da Venezuela. Cerca de 30 acordos, que têm previsão de chegar a US$ 300 milhões, estavam sendo fechados em tecnologia petroquímica, siderurgia, educação, agricultura e cultura. Chávez foi a estrela de ato da Via Campesina para lançar o Manifesto das Américas. O texto foi classificado pelo coordenador nacional do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), João Pedro Stedile, como o "mais importante documento depois do Manifesto Comunista". Escrito pelo teólogo Leonardo Boff, traz assinaturas do lingüista norte- americano Noam Chomsky, do escritor uruguaio Eduardo Galeano, entre outros, e reúne sete pontos em defesa da biodiversidade. (JOSÉ MASCHIO, MARI TORTATO E DIMITRI DO VALE) Texto Anterior: Campo minado: Confronto entre MST e polícia deixa 5 feridos Índice |
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