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Paes de Andrade faz
a "contra-pressão"
OSWALDO BUARIM JR.
da Sucursal de Brasília
O grupo político ligado ao presidente do PMDB, deputado Paes de
Andrade (CE), e ao ex-governador
Orestes Quércia fez ontem uma
operação de "contra-pressão" sobre os deputados e garantiu a presença de 35 peemedebistas na lista
de apoio à CPI da Reeleição.
O nome da operação foi definido
em reunião de manhã na sala da
presidência do partido no Congresso, logo após encontro de Paes
de Andrade com os líderes dos
partidos que integram o bloco de
oposição ao governo na Câmara.
Paes ouviu um apelo de Neiva
Moreira (PDT-MA), José Machado (PT-SP) e Aldo Arantes (PC do
B-GO) para que reagisse contra a
orientação do líder Geddel Vieira
Lima (BA) para que os deputados
retirassem seus nomes da lista de
apoio à CPI.
Na segunda-feira, Geddel procurou 14 deputados do partido para
que retirassem suas assinaturas da
lista de apoio à instalação da CPI.
Geddel, assim como os líderes do
PSDB e do PFL, segue orientação
do Palácio do Planalto para tentar
evitar a instalação da CPI.
O presidente do PMDB disse que
vai assinar a lista de apoio hoje,
após reunião dos 27 presidentes de
diretórios regionais do partido para decidir sobre a prorrogação dos
mandatos dos atuais dirigentes.
O diretório do PMDB paulista,
presidido pelo deputado estadual
Jaime Gimenez, deverá apresentar
na reunião uma proposta de moção de apoio à instalação da CPI.
Gimenez é do grupo quercista do
PMDB.
Participaram de reunião em que
se decidiu a "contra-pressão" os
deputados José Pinotti (SP), Armando Costa (MG), Zaire Rezende
(MG), Antonio Brasil (PA) e João
Almeida (BA). Adversário regional de Geddel, o deputado João Almeida disse que o líder e o presidente da Câmara, Michel Temer
(SP), "estão entregando o partido
para o Sérgio Motta".
Na operação de "contra-pressão" do PMDB, os deputados passaram um pente fino na lista de
parlamentares do partido para
conseguir assinaturas de deputados que substituíssem os parlamentares que fossem retirando seu
apoio à CPI.
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