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"CPI ganhou mais força", diz ACM
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) espera que a retomada do caso Marka desvie o
foco da investigação sobre a violação do painel eletrônico do Senado e lhe dê mais tempo para tentar evitar a cassação. "Isso é evidente. O cenário agora mudou, e a
CPI ganhou mais força", disse.
ACM qualificou como "muito
graves" as denúncias publicadas
pela revista "Veja" de que o ex-diretor do Banco Central Francisco
Lopes vendia informações privilegiadas ao mercado, com o conhecimento do ministro da Fazenda, Pedro Malan, e do ex-ministro Clovis Carvalho (Casa Civil). "É preciso apurar isso imediatamente", afirmou.
ACM caminhava pelas ruas de
Salvador no sábado pela manhã
quando recebeu a notícia: "Xi,
que horror, hein? Meu Deus!", exclamou. Anteontem, ACM participou de inaugurações em Feira
de Santana. O pefelista procura
manter inalterada a agenda no Estado, para tentar manter a popularidade, arranhada pela escalada
de protestos da semana passada.
Mesmo diante da gravidade das
denúncias, ACM disse que por
ora não vai assinar o pedido de
CPI da corrupção no Senado,
mesmo se o requerimento for alterado para incluir o Marka.
Com o novo escândalo em pauta, ele crê que terá mais tempo para trabalhar na sua defesa: "As
pessoas falam como se tudo acabasse no Conselho de Ética, mas
não acaba. A Mesa [Diretora" ainda receberá o que vem do conselho, vai estudar e só então dizer se
abre ou não o processo", disse.
ACM olha para a frente. Sabe
que é difícil vencer no conselho,
que deverá aprovar, na quarta-feira, o parecer de Saturnino Braga (PSB-RJ) recomendando a
abertura de processo de cassação
contra ele e José Roberto Arruda
(sem partido-DF) por violação do
sigilo de uma votação secreta.
Mesmo assim, trabalha para
reunir argumentos que possam
mudar o jogo quando o caso chegar à Mesa: "Tem o resultado da
perícia da fita feita pela Polícia Federal, mostrando que houve falhas no conteúdo apresentado no
relatório de Saturnino". O pefelista e seus advogados preparam novo memorial de defesa para a Mesa, que deverá ter pouca influência, já que nessa fase não é analisado o mérito da representação.
O voto em separado que o senador Paulo Souto (PFL-BA) apresentará na quarta não deve obter
adesões além dos cinco pefelistas
no conselho.
No fim de semana foram dissipadas as últimas possibilidades de
apoio: os tucanos Osmar Dias
(PR) e Lúcio Alcântara (CE), os
peemedebistas Amir Lando (RO)
e Nabor Jr. (AC) e Lauro Campos
(sem partido-DF) seguirão o parecer de Saturnino.
(ANDRÉA MICHAEL e VERA MAGALHÃES)
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