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Entidades adotam discurso do governo e fazem ato contra CPI
DA SUCURSAL DO RIO
Movimentos sociais e sindicatos afinaram o discurso com
o governo e articulam para hoje
ato de protesto contra a criação
da CPI da Petrobras -que, segundo seus líderes, atrapalhará
a gestão e os investimentos da
companhia justamente no momento em que a estatal trabalha para viabilizar a produção
de petróleo do pré-sal.
Principal líder da ação, o
coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros),
João Antonio de Moraes, disse
que a motivação da passeata é a
ação da oposição para "facilitar
a privatização da Petrobras e
permitir uma eventual volta do
PSDB ao poder e a entrega do
pré-sal às multinacionais".
Com base nesse discurso,
Moraes diz que a CPI foi criada
para "tumultuar e criar um espetáculo televisivo" que leve à
"desmobilização da sociedade
no momento em que ela começa a apoiar com mais força uma
mudança na lei do petróleo".
Ele afirmou que vários setores da sociedade apoiam novas
regras para a exploração do
pré-sal -cujo governo do PT
defende um controle maior do
Estado e o fim do regime de
concessões. Ou seja, a propriedade do óleo produzido no pré-sal será, se a lei for alterada
conforme a visão dominante no
governo, da União e não mais
dos concessionários, como vigora atualmente.
Questionado se a FUP atua
em consonância com os interesses do governo ou dos partidos da situação, afirmou: "Não
somos um braço sindical do governo. Há menos de dois meses
fomos contra a posição da Petrobras e fizemos uma greve
que parou a companhia".
Além da FUP, também
apoiam o movimento CUT,
MST e ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Será realizada, a partir das 10h de hoje,
uma passeata, que sairá da Candelária em direção à sede da Petrobras (ambos no centro do
Rio).
(PEDRO SOARES)
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