São Paulo, quinta-feira, 21 de maio de 2009

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Entidades adotam discurso do governo e fazem ato contra CPI

DA SUCURSAL DO RIO

Movimentos sociais e sindicatos afinaram o discurso com o governo e articulam para hoje ato de protesto contra a criação da CPI da Petrobras -que, segundo seus líderes, atrapalhará a gestão e os investimentos da companhia justamente no momento em que a estatal trabalha para viabilizar a produção de petróleo do pré-sal.
Principal líder da ação, o coordenador-geral da FUP (Federação Única dos Petroleiros), João Antonio de Moraes, disse que a motivação da passeata é a ação da oposição para "facilitar a privatização da Petrobras e permitir uma eventual volta do PSDB ao poder e a entrega do pré-sal às multinacionais".
Com base nesse discurso, Moraes diz que a CPI foi criada para "tumultuar e criar um espetáculo televisivo" que leve à "desmobilização da sociedade no momento em que ela começa a apoiar com mais força uma mudança na lei do petróleo".
Ele afirmou que vários setores da sociedade apoiam novas regras para a exploração do pré-sal -cujo governo do PT defende um controle maior do Estado e o fim do regime de concessões. Ou seja, a propriedade do óleo produzido no pré-sal será, se a lei for alterada conforme a visão dominante no governo, da União e não mais dos concessionários, como vigora atualmente.
Questionado se a FUP atua em consonância com os interesses do governo ou dos partidos da situação, afirmou: "Não somos um braço sindical do governo. Há menos de dois meses fomos contra a posição da Petrobras e fizemos uma greve que parou a companhia".
Além da FUP, também apoiam o movimento CUT, MST e ABI (Associação Brasileira de Imprensa). Será realizada, a partir das 10h de hoje, uma passeata, que sairá da Candelária em direção à sede da Petrobras (ambos no centro do Rio). (PEDRO SOARES)


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