São Paulo, Sexta-feira, 21 de Maio de 1999
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PAINEL

Aliados em guerra 1

O PFL está todo unido em torno de Malan. Com Covas e os tucanos cacifando Mendonção, a ala pefelista que fritava o ministro da Fazenda pôs o pé no freio.

Aliados em guerra 2

O PSDB quer derrubar Malan. O PFL, se não conseguir segurar o ministro da Fazenda no posto, já tem outro candidato à vaga: Armínio Fraga. ACM é o maior advogado do presidente do BC.

Engolindo sapo

A nomeação de Luiz Carlos Santos (PFL), vice de Maluf na eleição paulista de 98, para a presidência de Furnas bateu no fígado dos tucanos, que a julgaram uma afronta a Covas. "É uma indicação que o PSDB jamais faria", reage Teotonio Vilela Filho.

Dívida antiga

FHC indicou Santos para a presidência de Furnas pressionado pelo PFL. "Constrangido", segundo alguns tucanos. Mas pesou também, na decisão do presidente, a folha de serviços prestados por Santos na aprovação da emenda da reeleição.

Novela sem fim

Além do convite para um café, feito por meio do novo presidente do STF, Carlos Velloso, FHC deve acenar de novo em direção ao governador Itamar (PMDB-MG) na segunda, diz tucano.

Lista maldosa

Acusados de atrapalhar o governo, pefelistas e peemedebistas fizeram um levantamento dos problemas do governo. Só deu tucano: Chico Graziano (Sivam), Mendonção (grampo do BNDES), Clóvis Carvalho (viagens a Fernando de Noronha), Chico Lopes (caso Marka).

Agora vai

Temer convidou ontem Adhemar de Barros Filho (PPB) para o PMDB. O presidente da Câmara disputa o controle do partido em SP com Quércia para concorrer ao governo do Estado em 2002.

Na mira da procuradoria

João Carlos da Rocha Mattos, juiz que absolveu o ex-assessor de Pitta Wágner Ramos no escândalo dos precatórios, é o mesmo que foi afastado do cargo em 93 depois de ter excluído Quércia e Fleury do processo sobre compra superfaturada de armas e computadores de Israel.

Outro lado

Moreira Franco, que organizou reunião de seu partido, o PMDB, com FHC, diz que não se esqueceu de convidar os tucanos Pimenta e Madeira: ""Seria uma mesquinharia e uma burrice", afirma o assessor presidencial.

Cano duplo

FHC optou por enviar um projeto de lei ao Congresso proibindo a venda de armas de fogo. De início, o presidente e Renan Calheiros (Justiça) pensaram em editar uma medida provisória. Mas, refletindo melhor, decidiram dividir a responsabilidade.

Boa pergunta

De Geddel Vieira Lima (PMDB-BA), sobre as publicações no ""Diário Oficial" da União de contratos falsos com Elba Ramalho e Pelé: ""Como é que a Casa Civil, ocupada pelo Clóvis Carvalho, tido como um gerentão, não sabia de nada?".

Alvo preferencial

FHC não perde chance de espetar o governador Olívio Dutra (RS), que se recusou a dar verbas públicas, previstas em acordo, para a Ford. Alfinetou o petista em duas reuniões com empresários gaúchos nesta semana.

Causa própria

Deputados gaúchos querem aumentar seus salários de R$ 6.000 para R$ 6.700. Dizem que, em cinco anos, não receberam reajuste e estão defasados em relação aos deputados federais.

Visita à Folha

O presidente da Telefônica no Brasil, Fernando Xavier Ferreira, e o presidente da Telefônica em São Paulo, Manuel García García, visitaram ontem a Folha, onde foram recebidos em almoço. Estavam acompanhados de Emanuel Neri, assessor de imprensa, e de Maristela Mafei, da Máquina da Notícia.
O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Marco Vinicio Petrelluzzi, visitou ontem a Folha. Estava acompanhado do assessor de imprensa, Amarildo Antunes.

TIROTEIO

De José Carlos Fonseca, secretário da Fazenda do ES, sobre Ricardo Ferraço (PSDB) chamar o ajuste fiscal do governo do Estado de "pirotecnia e maquiagem".
- É um jovem de cabeça velha. Governo não se elege só para pagar salários em dia, o que ocorrerá ao fim das reformas. Maquiagem e pirotecnia é coisa de alguns políticos do interior.

CONTRAPONTO
Solução quase perfeita

Governador de Roraima, Estado fronteiriço à Guiana, Neudo Campos (PPB) compôs a mesa principal do almoço que o governo brasileiro ofereceu ontem, no Itamaraty, à presidente Janet Jagan, em visita ao Brasil.
Ao chegar, FHC cumprimentou o governador e deu uma notícia há muito esperada:
- Já falei com o Calabi (Andrea Calabi, presidente do Banco do Brasil). O dinheiro lá da ponte vai sair.
FHC referia-se à "Ponte da Integração", obra que vai ligar Bonfim, em Roraima, à cidade de Lethem, na Guiana.
- Boa notícia, presidente. Mas e a mão? - perguntou Campos.
- Mão, que mão?! - surpreendeu-se FHC.
Neudo abriu um sorriso:
- É que lá eles têm a mão (de trânsito) inglesa, presidente!
FHC deu uma gargalhada e traduziu a piada para a presidente Janet, que também riu muito.
Mas o problema da mão continua sem solução.


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